De acordo com a pesquisa “Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras 2012”, realizada pela Endeavor, seis em cada dez estudantes universitários brasileiros gostariam de ter a própria empresa. Para o diretor-executivo de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da Estácio, João Barroso, as instituições de ensino superior têm muito a contribuir para que os jovens concretizem esse plano.
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Segundo ele, as universidades têm papel decisivo para proporcionar conhecimentos específicos que apoiem o estabelecimento de um negócio, bem como para estimular a criatividade entre os universitários. “O empreendedor deve conhecer o funcionamento do mercado e do ambiente econômico com razoável profundidade, para que tenha fôlego no longo prazo”, acrescenta.
Nesse contexto, Ronald Paschoal, coordenador dos cursos de Relações Internacionais, Ciências Econômicas, Comércio Exterior e Agronegócios da Estácio, destaca alguns dos temas que podem ser abordados pelas universidades. “Um dos principais é a própria identificação da oportunidade e da viabilidade do negócio, por meio dos instrumentos de pesquisa de mercado. Além disso, há a organização do plano de negócios e o conhecimento sobre o mercado e a ‘cultura industrial’”, enumera.
Barroso e Paschoal consideram que os programas de empreendedorismo não devem ser restritos às carreiras relacionadas à gestão de negócios. O ensino voltado para o desenvolvimento de novos empreendimentos deve perpassar por outras formações. Afinal, muitos negócios começam com uma inspiração resultante do conhecimento técnico e específico de uma área.
Cenário no Brasil
Para Pachoal, atualmente, o empreendedorismo e a inovação compõem a base do crescimento econômico e do desenvolvimento social no Brasil e no mundo. “Alguns países já saíram na frente, como os Estados Unidos, que têm dois séculos de vantagem. Mas o Brasil também vem se organizando e buscando criar um ambiente que estimule esse binômio, embora nos reste, em comparação a outros países, superar alguns obstáculos iniciais”, observa.
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Paschoal lembra que, no Brasil, ainda está instaurada uma cultura de busca da estabilidade pessoal em detrimento aos resultados mais gratificantes no desempenho da profissão. Essa conduta é refletida na busca por concursos públicos. “Esse quadro é fruto da organização econômica do país que, pouco a pouco, vem cedendo lugar a uma economia de mercado, em que, necessariamente, o espaço e a recompensa ao empreendedorismo serão mais evidentes”, pondera.
Iniciativas desenvolvidas pelas universidades dentro e fora de sala de aula, como as empresas juniores e as incubadoras, demonstram que essas instituições estão atentas a tais mudanças na economia e na sociedade brasileira. Barroso considera que essas transformações demandam um incentivo crescente à autonomia profissional e pessoal.
“Na Estácio, por exemplo, temos a disciplina ‘Planejamento de carreira e sucesso profissional’, obrigatória a todos os cursos. Seu objetivo é despertar no aluno uma visão mais autônoma e empreendedora de seu desempenho na carreira que escolheu”, comenta.
Apesar de destacar a importância do ensino empreendedor, o diretor-executivo ressalta que outro fator deve orientar os jovens que querem criar a própria empresa. “É preciso entender que o empreendedor deve contar não com a ajuda do governo ou de quem quer que seja, mas com sua própria determinação. Esse é o elemento fundamental”, conclui Barroso.
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Concurso público ou empreendedorismo?
Os estudantes desejam “ter” a sua própria empresa( 6 em cada 10).
Como empresa apenas REUNE recursos para desenvolver uma atividade lucrativa qualquer , o estudante para “ter” a própria empresa( PJ) precisa antes “ter” o fator de produção(capital) para que possa investir em seu “sonho”. Assim, seria preciso antes de mais nada:
Debitar:banco/caixa ou outro ativo e creditar: capital social.
Sem isso fica difícil “ter” o próprio negócio.
Nesse sentido tenho algumas dúvidas, a saber:
1 -De onde viria esse CAPITAL se o estudante, por definição, NÃO TEM RENDA?
2 Em caso de empréstimo pergunta-se: de onde viriam as “garantias” para o empréstimo?
3- Por último, pergunta-se: em caso de empréstimo, o cmpc nesse viés da taxa de juros atual, compensaria o custo de oportunidade? Mas aqui, volta à pergunta 1. Ora, se é “oportunidade” presume-se que já HÁ recursos ANTES da criação da empresa( coisa que o estudante NÃO TEM).
Portanto, como realizar diante da escassez incial de recursos?