Somente na América Latina existem cerca de 800 milhões de pessoas que não tem uma moradia adequada, segundo a fundadora da Urban 3D, Anielle Guedes. Da combinação da demanda por casas e da ineficiência do setor de construção civil surgiu, durante a realização de um projeto de pós-graduação da Singularity Universtiy, na Nasa, uma startup de impressão de moradias de baixo custo.
Aos 22 anos, mas com uma convicção de dar inveja em que já viveu muito mais, Anille Guedes aposta na tecnologia e na inovação como forma de enfrentar o persistente problema de falta de habitação no país. “A gente precisa criar formas de acesso a esse tipo de infraestrutura; seja porque a gente acha que é descente que todo mundo tenha moradia ou para as nossas cidades não implodirem e virarem grandes favelas”.
A ideia é nobre, mas de difícil execução. Além dos problemas com transporte, logística, compra de materiais etc, a empresária teve de enfrentar resistências da indústria. “Você sempre vai encontrar resistência à mudança. A gente está criando um processo mais barato, mais fácil, mais rápido e que não causa perda de material.”
Engana-se quem pensa que Anielle é uma sonhadora, a empresa dela já está no processo de instalação de fábricas para a construção das casas. E a jovem está acompanhando tudo de perto. “Como diria meu avô: “É o olho do dono que engorda o boi’”.
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