O relatório mais recente do Sebrae sobre sobrevivência das empresas mostra que um terço dos pequenos negócios fecham logo no começo, menos de dois anos depois de abrir.
Com essa perspectiva, pode ser um tanto desanimador pensar em se aventurar em um novo negócio.
Mas o investidor e consultor John Boitnott, que escreve para a revista de negócios Entrepreneur, listou em um artigo sobre o tema cinco motivos pelos quais vale a pena abrir um negócio — mesmo que a história não tenha o final feliz que você imaginou.
1 – Você aprende a “falhar melhor”
Por muitos anos, o mote do Facebook foi “mova-se rápido e quebre coisas”. O slogan vai ao encontro da ideia comum de que você tem que “falhar melhor”, “falhar rápido” e “falhar com frequência”.
Esse conceito pode ser controverso, mas o fato é que, como sociedade, estamos muito fixados na ideia de vencer. Se a única coisa que importa é um sucesso gigantesco, todo o resto parece menos importante em comparação. Mas esse sucesso estrondoso é, na verdade, muito raro.
Além disso, as ideias realmente originais vem, no geral, de pessoas que arriscam. Esse comportamento traz junto o risco de falhar, mas se você tem medo de falhar, é possível que acabe buscando uma segurança que te impede de inovar.
2 – Você descobre como ter sucesso na próxima tentativa
Reza a lenda que, quando o famoso inventor Thomas Edison contou a um conhecido que fez nada menos que dez mil tentativas de criar uma lâmpada — e que todas falharam —, o interlocutor ficou horrorizado. “Você falhou dez mil vezes?”, perguntou. “Claro que não”, ele teria respondido, “Eu fui bem-sucedido em encontrar dez mil jeitos de construir uma lâmpada que não funciona”.
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Verdade ou não, há valor em definir os contornos negativos do seu objetivo. Isto é, para chegar lá, é importante saber também o que não funciona.
Não há substituto para a experiência. Estando disposto a falhar, você aprende as lições para tornar a ideia (ou a próxima ideia) mais bem-sucedida.
3 – Você pode se adaptar a novas ondas do mercado
É comum entre as startups a estratégia de “pivotar” o negócio. Em resumo, o termo significa adaptar o negócio, o mais rápido possível, a novas tendências do mercado, o que ajuda a empresa a continuar na briga, não importa o quanto o mercado mude.
Mas, para isso, você precisa ter um negócio em funcionamento, e não só o sonho de ter um. Além disso, mudanças bem-sucedidas também requerem um bom timing.
Um exemplo bem-sucedido de pivot foi o Flickr: hoje plataforma de imagens, a empresa começou sendo uma ferramenta de jogos RPG online. Ao enxergarem as tendências do mercado, os fundadores usaram a expertise em imagens, que já possuíam por conta dos jogos, para mudar um pouco o negócio.
Então, mesmo que sua estratégia de negócio inicial não dê certo, é sempre possível transformar sua empresa e avançar para um caminho e estratégia mais rentável.
4 – Você descobre que você é um empreendedor e líder, de forma rápida e com clareza
Preparar-se antes de começar é importante, mas muitas lições e insights só podem ser aprendidos com prática e experiência.
Você é um líder que trabalha melhor quando só supervisiona o trabalho ou quando está mais envolvido? Quais são seus maiores talentos em liderança e negócios? Que tipo de empresa você de fato quer construir?
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As respostas a estas perguntas só vão aparecer quando você efetivamente começar a trabalhar no negócio. Há muitas coisas que você pode descobrir, não só sobre o seu empreendimento, mas sobre você mesmo.
5 – Pode ser que dê certo!
Começamos esse texto falando sobre como muitas empresas não conseguem ser bem-sucedidas. Mas, por outro lado, muitas conseguem. E algumas até crescem tanto que tornam-se referência no mercado.
E se o seu negócio for um desses exemplos? Você nunca vai saber se não tentar.
Fonte: “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”