Em reunião na última sexta-feira (05/03), o Diretório Nacional do PT decidiu, a pedido do governo, retirar o trecho de um documento oficial em que afirmava que a imprensa faz uma “guerra de extermínio” ao partido. O texto, aprovado um dia antes (04/03), acusava a mídia de criar factóides e falsos escândalos para enfraquecer os projetos do PT.
“Os recentes episódios envolvendo denúncias vazias contra dirigentes petistas comprovam que a guerra de extermínio ao PT, deflagrada em 2005, está longe de acabar (…) faltam projeto e base social à oposição neoliberal, mas ela ainda tem fortes aliados em amplos setores do empresariado, particularmente da mídia, que já começam a criar factoides e falsos escândalos visando enfraquecer nosso projeto”, dizia o texto assinado pelo presidente do partido, José Eduardo Dutra.
Apesar da modificação, Dutra continuou com críticas à imprensa, ao definir o Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, realizado na segunda-feira, em São Paulo, como um “colóquio de direita”.
“Dizem que se Dilma ganhar vai ter censura à imprensa e se o Serra ganhar, não. O que é isso? Podem nos combater de forma violenta e nós não podemos nem reclamar?”, questionou Dutra, que voltou a dizer que a imprensa é contrária ao partido. “Entendemos que há setores da mídia fazendo campanha contra nós”.
Sobre o documento aprovado pelo 4º Congresso do PT, Dutra reafirmou que o partido não pretende controlar a mídia. “Não gosto de usar o termo ‘controle social da mídia’ porque pode ser confundido com controle da informação”, explicou. “Tentam nos colocar ao lado de alternativas golpistas, mas não vamos propor fechar jornais nem emissoras de TV.”
Com informações de O Estado de S. Paulo.
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