O Pew Research Center divulgou nesta quarta-feira (08/07) um estudo que analisa a distribuição de renda em todo o mundo. O levantamento usou dados do Banco Mundial e do Luxembourg Income Study para verificar quantas pessoas em diferentes países ao redor do globo se encaixavam em cada uma das cinco faixas de renda — extrema pobreza, baixa renda, média renda, média-alta renda e alta renda.
Segundo a pesquisa, a proporção que vive em extrema pobreza caiu quase pela metade entre 2001 e 2011. No período, milhões de pessoas se deslocaram da faixa de renda mais pobre para o patamar de baixa renda. Ainda assim, o estudo revela que, em 2011, 15% da população mundial vivia com menos de US$ 2 por dia, enquanto 56% tinha entre US$ 2 e US$ 10 diários.
A entidade define “pobres” como pessoas que vivem com menos de US$ 2 por dia. A população de “baixa renda”, por sua vez, é composta por quem vive com de US$ 2 a US$ 10 por dia e, de “média renda”, entre US$ 10 e US$ 20 por dia — nos EUA, tal faixa é considerada oficialmente pelo governo como a linha da pobreza. Na “média-alta renda”, estão os que ganham entre US$ 20 e US$ 50 por dia, enquanto os de “alta”, mais de US$ 50 por dia
“Na primeira década do século XXI, assistimos a uma redução histórica na pobreza global e a uma quase duplicação do número de pessoas que poderiam ser consideradas de rendimento médio”, diz comunicado do Pew. “Mas o surgimento de uma verdadeira classe média global ainda é mais promessa do que realidade.”
Os países da América Latina lideram o caminho para a expansão da população de média renda. De 2001 a 2011, cerca de 63 milhões de pessoas nos países da região cruzaram a linha de US$ 10 por dia. “Os preços das commodities em expansão e as políticas de redistribuição de renda contribuíram para o aumento dos rendimentos em vários países sul-americanos”, aponta o estudo. “Argentina, Equador, Peru e Brasil tiveram aumentos de dois dígitos no percentual de suas populações que vivem com renda média.”
Fonte: Época.
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