O Brasil é o sexto país entre as principais nações do mundo com maior taxa de subvenção à inovação e, no entanto, não é bem sucedido neste aspecto. Por quê? É deste ponto que parte a análise do economista Marcos Lisboa no evento “As velhas e as novas faces da burocracia no Brasil”, parceria entre o Imil, a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) e a UM Brasil.
“O governo brasileiro gasta mais com inovação do que Inglaterra e Japão. Por que fracassamos?”, questiona o diretor-presidente do Insper. Segundo Lisboa, a política econômica que foi implantada no Brasil, apoiada pela maior parte das lideranças empresariais do país, não estimula a inovação ao proteger a economia doméstica e setores da cadeia produtiva. “A Lei do Bem concede crédito para as grandes empresas e não para as pequenas que estão surgindo. O Brasil protege os setores quando eles estão ameaçados pela competição. Fechamos a nossa economia, nós a isolamos das cadeias globais de produção. Isso quer dizer que a inovação que surge na Alemanha não chega ao Brasil”. Segundo Lisboa, para cada setor há uma política protecionista diferente, uma regra específica, gerando um emaranhado burocrático. “A burocracia é o efeito colateral dessa disseminação de políticas de proteção”, diz ele. Quer saber mais? Assista ao vídeo.
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