O Parque Lage foi na última semana palco de importante evento nas áreas de empreendedorismo e inovações tecnológicas. Participaram representantes de todas as tribos de um ecossistema em formação que pode transformar o Rio de Janeiro na capital latino-americana da inovação. Empreendedores, engenheiros de computação, investidores, mídia e advogados especializados debateram em mesas-redondas o futuro dos negócios em novas tecnologias. A iniciativa é do programa Startup Rio, promovido pelo governo do Estado do Rio de Janeiro para estimular esse ecossistema de empreendedorismo e investimentos em novos modelos de negócios com base nas inovações tecnológicas da era digital.
[su_quote]Os empregos ao longo de toda a cadeia produtiva de uma economia digital são a nova fronteira da sociedade do conhecimento[/su_quote]
A inspiração para o Startup Rio foi o Startup Chile, criado pelo ex-presidente chileno Sebastián Piñera. A fuga de cérebros brilhantes, saindo de núcleos cariocas de pesquisa de excelência, como PUC, UFRJ, UFF, Impa e IME, provocou a criação do Startup Rio para estancar o êxodo desse capital intelectual do polo carioca. “O Startup Chile iniciou uma tsunami de projetos semelhantes pelos quatro cantos do mundo. De Cingapura a Londres e Nova York, todos criaram suas próprias versões do mesmo projeto em uma tentativa de atrair empreendedores. Como o empreendedorismo é o principal motor de uma economia, quem conseguir criar um ambiente em que jovens brilhantes podem prosperar terá um futuro também brilhante em criação de empresas e geração de empregos. Empresas originalmente startups representam 22% do PIB americano e 11% dos empregos, de acordo com o National Venture Capital Association dos EUA. Abrigar um hub tecnológico é de interesse estratégico para o futuro de qualquer Estado e país”, argumenta a idealizadora dessa versão brasileira do programa.
Esse esforço em apoio ao empreendedorismo digital ocorreu sob a coordenação da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro e da Faperj, com a participação de centros de pesquisa de empresas como Microsoft e EMC, acadêmicos de renomados polos de conhecimento, como PUC e UFRJ, e instituições como Endeavor, Associação Brasileira de Startups e Sebrae. É o Rio rumo à “Silicon Bay”, pois os empregos ao longo de toda a cadeia produtiva de uma economia digital são a nova fronteira da sociedade do conhecimento.
Fonte: O Globo, 24/8/2015
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