Uma verdade que não depende de interpretações – o ser humano falha. Com maior ou menor frequência, com maior ou menor gravidade, é evidente que falhamos, com maiores e menores consequências.
No decorrer do processo evolutivo, desde as primeiras aglomerações humanas, clãs, vilas até chegarmos às metrópoles, a administração vem acompanhando a nossa espécie, com suas inerentes oscilações em termos de eficiência.
A administração deve levar em consideração o meio em que se está, quais os recursos disponíveis, incluindo os recursos humanos, suas capacidades e potencial de atuação, os custos envolvidos e as chances de sucesso, incluindo os planos alternativos em caso de falhas.
Na medida em que as sociedades elevam o grau de complexidade das relações sociais, a administração conta com sistemas correlatos para dirimir conflitos, como o Poder Judiciário e o Ministério Público nos dias atuais.
Uma vez coeso o organograma acima, a tendência do Estado é crescer e evoluir. Momentos difíceis fazem parte do desafio e do aprimoramento. Portanto, é absolutamente normal (mas não deve ser comum) que a administração erre em algum dado e projeção, perdendo recursos e precisando de tempo e compreensão dos envolvidos para se recuperar e voltar a progredir.
O exposto vale tanto para a iniciativa privada quanto para o poder público. Na abordagem que fazemos aqui, o foco é o poder público. Sem dúvida, também está sujeito ao erro, à falha, pois é comandado e exercido por indivíduos com seus defeitos e qualidades.
[su_quote]Estamos vivendo a degradação da nação brasileira como resultado de ações criminosas, imorais, e, acima de tudo, desumanas, praticadas por aqueles que nos governam[/su_quote]
Mas, não é o que estamos observando e vivendo no Brasil nos últimos 14 anos. Não estamos lidando com erros estratégicos, erros na fixação de metas ou erros na alocação de recursos. Estamos lidando com corrupção, desvios de verbas, furtos oficiais praticados por governantes e seus parceiros privados, todos usurpando valores, energias, insumos, e, também, a confiança do cidadão, para benefício próprio, ou seja, exatamente o contrário do que exige o cargo público, voltado ao bem comum.
É essencial que os cidadãos, indivíduos, contribuintes entendam a diferença entre erro administrativo e corrupção. Não estamos vivendo as consequências de uma administração que errou na escolha e alocação dos recursos. Estamos vivendo a degradação da nação brasileira como resultado de ações criminosas, imorais, e, acima de tudo, desumanas, praticadas por aqueles que nos governam. Não existe verba mal-empregada – existe apenas verba desviada, furtada, roubada. E a conta está sendo apresentada para você, para mim, para quem mais paga ao governo. Pagamos para sermos lesados.
Sem escolas, sem hospitais, sem segurança, com transportes ridículos, sem investimentos em ciência e tecnologia, porque o dinheiro para isso tudo está nas contas dos governantes, ex- governantes, parlamentares, todos viajando de forma nababesca e enriquecendo suas famílias e empresários parceiros. Isso não é má administração. É crime contra a nação, contra o povo, é um genocídio de colarinho branco, manchado de vermelho por todos os lados.
Se o sujeito é dono de um carrinho de churros ou um industrial multinacional, pouco importa, pois ambos sabem o que é trabalhar de forma correta e ter que lidar com um governo que só sabota a economia e o desenvolvimento brasileiro.
Essa diferença entre o errar humano e o lesar desumano responde porque a população não está disposta a pagar mais tributos, não aguenta mais se sacrificar por um Estado que só retira, e nada oferece de bom. Ou os governantes recuperam o país por seus esforços em acabar com a corrupção e os gastos descabidos, ou saiam do comando da nação e abram espaço para outras alternativas. Os cidadãos já estão se sacrificando apenas para se manter. E isso diante do que pagamos em impostos, taxas e contribuições, já é muito.
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