O mundo caminha a passos largos para uma nova ordem mundial. Para tanto, torna-se necessário avaliar os cenários de longo prazo para países como Estados Unidos, da União Européia, China e finalmente, o Brasil.
Ao avaliar os Estados Unidos, deve-se relembrar que há três anos, o país vem trabalhando contra a crise do mercado financeiro e conseqüentemente na economia real. Basta relembrar que a redução dos juros pelo então Presidente do Federal Reserve (o Banco Central Americano), Alan Greespan, na tentativa de estimular a dinâmica econômica, trouxe reflexos para o aumento do endividamento médio do cidadão americano, com sérias conseqüências para bancos e empresas em geral. Como solução, coube ao governo a emissão de pacotes públicos, para a injeção de recursos nos bancos e o salvamento de grandes empresas, para evitar uma catástrofe mundial sistêmica.
O foco mundial sempre esteve para os Estados Unidos, detentor da maior parcela de recursos e PIB do planeta. No entanto, a Europa apresenta-se fragilizada, com bancos alavancados e com um risco de credibilidade para o Euro, devido ao endividamento da Inglaterra, Alemanha, mas principalmente da Grécia, com 100% do seu PIB em dívidas de longo prazo., com previsões de crescimento pífio destes países para os próximos anos.
Ao mesmo tempo, a China é sacramentada como uma nova potência. Todavia, economistas com sólida formação acadêmica, conseguem enxergar um futuro duvidoso para os asiáticos, com similaridade ao passado Russo, perante o ocidente. O país cresce, através de bases autoritárias e não democráticas, sendo um risco para a sua dinâmica industrial e de serviços, com baixos salários e uma legislação trabalhista claudicante. Ao mesmo tempo, a dependência em relação aos Estados Unidos para a exportação de produtos, do Brasil para a importação de commodities e uma formação de reservas internacionais duvidosa é um problema a ser resolvido.
Concorrendo por fora, aparece o Brasil, um país emergente e de futuro, com abundância de recursos naturais, citando ótimos exemplos, como o minério de ferro, petróleo, produtos naturais e agora o etanol. Destacam-se empresas como a Embrapa, Vale, Petrobras e Embraer, com amplo histórico de pesquisas, desenvolvimento e acesso ao mercado internacional e recentemente, organizações como a EBX (holding do empresário Eike Batista, compreendendo a LLX, OGX, MMX, OSX, entre outras, com atividades para os setores de logística, petróleo, mineração e indústria naval), Gávea Investimentos, Grupo Pão de Açúcar, ETH/Brenco, entre outras.
No entanto, para o Brasil se destacar no cenário mundial, deve-se pensar na realização de investimentos de longo prazo, envolvendo ativos de infraestrutura, com melhorias nos portos, aeroportos, rodovias, metrô e ferrovias, com maior participação privada, em detrimento ao envolvimento totalitário do setor público. As análises do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) já são suficientes para determinar a lentidão das ações governamentais, com baixo percentual de execução de obras, em um país que precisa crescer em ritmo acelerado.
Ao mesmo tempo, a solução de problemas como o endividamento público, taxas de juros altas, burocracia e deficiências no processo educacional em linhas gerais seriam viáveis para um novo posicionamento brasileiro.
Pensar em planejamento de longo prazo envolve a análise de riscos e oportunidades, sendo um ótimo momento para a economia nacional, na adoção de estratégias sustentáveis e que tragam retorno para a população, empresas e governo, pois o mundo caminha para uma nova ordem, sendo o Brasil, um dos seus principais agentes.
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