O funcionamento de um negócio dentro de um campus estudantil é bem diferente dos negócios em outros pontos. Segundo Lyana Bittencourt, diretora executiva do Grupo Bittencourt, o dono de um negócio que funciona dentro de uma faculdade tem menos flexibilidade na hora de conquistar seu público. “Os potenciais consumidores se resumem a quem acessa a faculdade. Portanto, as variações e possibilidades para chamar mais clientes é um pouco menor”, diz. Na visão da diretora, essa limitação também implica na necessidade de verificar a aderência do produto ofertado ao público, uma vez que a aposta deve ser certeira para quem tem acesso ao campus universitário.
Segundo Marcos Hirai, sócio-diretor da GS&BGH, o processo de locação dos pontos é mais fácil do que locais em ruas e shoppings. Mas é preciso ter cuidado porque os contratos podem variar de instituição para instituição. Se você pretende empreender em um ambiente universitário, confira as dicas para que o negócio funcione bem.
1. Verifique o expediente da faculdade
Segundo Lyana, a demanda da operação varia de acordo com o período letivo e a maneira como funciona o expediente da universidade que receberá a marca. Por isso, é preciso verificar como as coisas funcionam ao longo do ano para programar o funcionamento do negócio. “Algumas escolas utilizam tempo ocioso para cursos de férias e eventos, por exemplo. O fluxo de pessoas impacta diretamente no faturamento da loja, então é preciso entender como ele funciona dentro e fora do período letivo das disciplinas”, afirma.
2. Controle os preços
Dentro das universidades, a demanda é menos elástica e existe menos concorrência. Para os universitários, a necessidade de consumo é imediata e mais simples. Os preços, no entanto, precisam estar de acordo com o mercado para garantir que o estudante consuma, gerando faturamento para a franquia.
3. Verifique o potencial de consumo do local
O dono do negócio precisa checar a capacidade que os frequentadores da universidade têm de adquirir os produtos de sua operação. “O poder aquisitivo dentro das faculdades varia muito. Ter fluxo no local não significa que as pessoas são capazes comprar”, afirma Lyana.
4. Planeje-se com os funcionários
Por tratar-se de um negócio que terá operações variadas em períodos diferentes, neste caso, uma boa tática é trabalhar com funcionários que possam fazer atividade de banco de horas. Para Lyana, é essencial que o time, que está suscetível a ficar ocioso em alguns períodos do ano, se mantenha coeso. “O dono precisa saber como aproveitar mais os profissionais quando a demanda está maior e diminuir o ritmo quando a demanda estiver menor.”
5. Converse com a administração da universidade
É neste setor que o acordo será selado com a instituição e tudo poderá começar a funcionar. É importante que os responsáveis por essa parte estejam cientes do modelo de negócio pretendido pelo empreendedor. “Algumas faculdades até criam estruturas próprias específicas para locação de lojas nos seus campi, dando um caráter mais profissional e atraindo grandes redes de varejo e franquias”, diz Hirai.
Fonte: “Pequenas empresas e grandes negócios”.
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