O governo federal anunciou na última quinta-feira (15) um pacote de 12 medidas que visam impulsionar a retomada do crescimento econômico do país e diminuir o desemprego. Para os economistas Julio Hegedus e Vítor Wilher, especialistas do Instituto Millenium, ainda é cedo para avaliar o impacto dessas reformas estruturais no combate à crise. Ambos reconhecem a importância das iniciativas para o aumento da produtividade e a recuperação da confiança para os investimentos, mas ressaltam que os seus efeitos só começarão a ser sentidos a médio e longo prazos.
Hegedus destacou alguns dos pontos mais relevantes do texto apresentado. Dois deles foram a regularização tributária, que alonga o prazo de pagamento de débito fiscal, beneficiando as empresas que possuem dívidas com o governo mas que não têm recursos suficientes para quitá-las; e a duplicata eletrônica, que se propõe a estimular os bancos a reduzir juros a partir de um cadastro positivo para trazer mais transparência às operações e permitir que haja diferenciação de taxas para cada caso. Ele elogiou ainda a proposta de redução do prazo de pagamento entre lojistas e empresas de cartão de crédito, porém criticou a ausência de grandes avanços voltados à pessoa física.
Wilher acredita que a maior parte das medidas possa aumentar a produtividade da economia, recuperar o caixa das empresas e ampliar tanto o consumo quanto o grau de investimento. Ele observou também que não existem certezas quanto à eficácia da série de mudanças, já que algumas são medidas provisórias e, portanto, dependem da aprovação do Congresso Nacional.
Para conferir o texto que apresenta as medidas na íntegra, clique aqui.
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