O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, autorizou, no último dia 13, a abertura de uma licitação para a compra de água mineral para os magistrados, ao custo total de R$ 1.239.605,41 aos cofres do Judiciário. Na autorização, ele não informou a quantidade nem por quanto tempo a compra abastecerá o estoque de água do TJ-RJ. A compra será feita por pregão eletrônico.
Após a publicação da autorização, a reação entre os servidores do Judiciário, que temem os reflexos da crise financeira que afeta o Estado do Rio, foi imediata.
— (A compra) É só para os desembargadores, o que é imoral. O valor é desproporcional. Por que não instalam filtros de água, como fazem em algumas serventias pelo estado? — indagou Alzimar Andrade, coordenador-geral do Sindicato dos Servidores do Judiciário do Rio (SindJustiça-RJ).
A indignação dos serventuários poderá levar o caso ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
— Se não recuarem, como fizeram com o edital de contratação de garçons por R$ 14 milhões, o que foi denunciado por nós, vamos levar o caso ao CNJ, para impedir mais esse gasto absurdo — garantiu Andrade.
O edital dos garçons e copeiros mencionado pelo coordenador do SindJustiça foi publicado no fim de 2016. Por meio dele, Ribeiro de Carvalho autorizava a contratação de profissionais para prestação de serviços aos magistrados ao custo total de R$ 13.694.542,78. A duração do contrato seria de 24 meses. O caso foi levado ao CNJ, e o TJ-RJ comunicou a desistência do processo.
Ontem, o Tribunal de Justiça do Rio não se posicionou a respeito do custo e da necessidade da compra de água mineral por R$ 1,2 milhão para os magistrados. A Corte não informou o prazo previsto de consumo de todo o estoque.
Fonte: Extra.
No Comment! Be the first one.