Abraji e Transparência Brasil lançam site que dá acesso a informações
Se nos principais jornais do país a Lei de Acesso se consolidou como forma de buscar informação, a realidade é diferente para veículos e sites de menor porte no Brasil. A lei também não é conhecida pelo público, na avaliação de especialistas. Buscando dar mais notoriedade à legislação, ajudar a quem deseja saber mais sobre ela e usá-la para monitoramento público, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Transparência Brasil lançaram o site Achados e Pedidos, o maior banco de dados on-line de pedidos de acesso a informações e resposta de órgãos públicos do país.
Acessando o achadosepedidos e realizando cadastro gratuito, o usuário pode buscar dados obtidos via Lei de Acesso. Assim, poderá encontrar uma informação em um conjunto de dados públicos. O site teve desenvolvimento patrocinado pela Fundação Ford e “contará com participação dos usuários para aumentar sua base de informações; qualquer pessoa poderá enviar o pedido que fez e o resultado, caso tenha sido respondido”, diz a Abraji, que inicia o site com mais de 23 mil pedidos de informação cadastrados.
Marina Atoji, gerente-executiva da Abraji, diz que poucos conhecem a Lei de Acesso e, por isso, é relevante o site de consulta, que, ao contrário do que o inspirou, o MuckRock (dos EUA), não permite pedir dados às autoridades via Lei de Acesso. No MuckRock, é possível as duas coisas.
— Mas o projeto é um grande passo para um maior acesso à informação — diz, citando a reportagem do “Globo“ “Saúde em segundo plano”, que mostrou que a FAB deixou de fornecer aviões para o transporte de órgãos, como exemplo da importância da Lei de acesso (por onde os dados foram obtidos).
Inicialmente, o Achados e Pedidos reúne solicitações e respostas dos Executivos federal, estadual e municipal de São Paulo; TCU, TJ de Santa Catarina, TJ do Mato Grosso e Câmara dos Vereadores do Rio. E apresenta dados compilados por parceiros: Ação Educativa; Aos Fatos; Lupa; E aí, vereador?; Artigo 19; Fiquem Sabendo; Livre.jor; Open Knowledge Brasil; Instituto Sou da Paz.
Fonte: “O Globo”
No Comment! Be the first one.