O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira que o governo espera aprovar as novas metas fiscais deste ano e de 2018 “o mais rápido possível”. Por outro lado, se o Congresso não aprovar a mudança, o governo terá que fazer “restrições severas de despesas” ou adotar outras medidas para aumentar as receitas, completou.
— O Orçamento será enviado na data prevista pela lei. A meta está sendo discutida. Nós esperamos que seja aprovada o mais rápido o possível. Vamos supor que não seja aprovada a revisão da meta, vamos ter que trabalhar com restrições muito severas de despesas e talvez outras medidas na área das receitas. O congresso é soberano e tomará a decisão adequada. O Orçamento será enviada este mês e estamos trabalhando para aprovar a meta o mais rápida possível.
A equipe econômica vai enviar o Orçamento do ano que vem na quinta-feira, mas, como a nova meta ainda não foi aprovada o texto deve ser feito com base na lei em vigor. O governo decidiu ampliar o rombo nas contas públicas previsto para de 2017 e de 2018 para R$ 159 bilhões, nos dois casos (antes, o déficit era de R$ 139 bilhões e R$ 129 bilhões, respectivamente).
PIB ‘BAIXO’ NO 2º TRIMESTRE
O ministro da Fazenda estimou ainda que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) que será divulgado pelo IBGE na sexta-feira, deve mostrar um crescimento baixo da economia brasileira ou mesmo “próximo do equilíbrio”. Segundo o ministro, isso deve ocorrer porque o setor da agricultura, que cresceu muito no primeiro trimestre e puxou o PIB de janeiro a março para cima, teve um desempenho bem inferior no segundo trimestre, o que levou a variação geral para baixo.
— A agricultura cresce muito no primeiro trimestre e, no segundo, cresce menos, é até negativo. O efeito disso é que o número que será divulgado na sexta-feira será baixo, próximo do equilíbrio — afirmou Meirelles.
No primeiro trimestre, a economia brasileira cresceu 1% na comparação com o quarto trimestre de 2016. Meirelles disse ainda que a economia brasileira entrou em uma trajetória de crescimento e que o PIB, em 2018, pode crescer de 2,5% a 3%. A previsão do governo é menor, de um crescimento de 2% do PIB. O ministro disse que a diferença ocorre porque é preciso ser “conservador” no Orçamento.
Fonte: “O Globo”
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