A XP Investimentos distribuiu aos clientes nesta terça-feira um relatório sobre as Eleições 2018. Para a instituição, não à toa o Brasil prepara-se para a “eleição da mídia social”. Grande mudança no acesso a informação observada desde a última eleição, 2014, autoriza afirmar que o Brasil terá a primeira grande eleição impactada pelas mídias sociais. “Isso já é reconhecido pela própria população. A TV se mantém como o meio de informação mais apontado para conseguir informações sobre política. A novidade é que ‘conversas com parentes, amigos e colegas de trabalho’ que antes ocupavam lugar de destaque agora abrem espaço para a internet, tanto para sites noticiosos, quanto para as mídias sociais.
Parte desse novo desenho se deve ao compartilhamento de informações em maior escala entre pessoas”, afirma o relatório assinado pelos analistas Celson Plácido e Gustavo Cruz.
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Grande destaque é a evolução do número de usuários de telefone celular que acessaram redes sociais nos últimos três meses. Esse contingente avançou 110% entre 2013 e 2017 e alcança 90 milhões de brasileiros.
Levantamento do Ibope, citado pela XP, mostra que o Facebook é a principal rede social utilizada pela população. Cerca de 77% dos pesquisados são usuários, seguidos de 48% que utilizam o Whatsapp. Na terceira posição entre as redes mais utilizadas pelos internautas está o Youtube. Dados do Facebook apontam presença ainda tímida de políticos nas redes sociais.
O apresentador Luciano Huck se destaca dos demais potenciais candidatos à presidência da República com 17 milhões de seguidores, seguido por Jair Bolsonaro com 5 milhões, João Dória e Lula com 3 milhões, Marina Silva com 2 milhões, Geraldo Alckmin com 880 mil seguidores, Fernando Haddad com 328 mil, Ciro Gomes com 173 mil, João Amoedo com 79 mil e e Henrique Meirelles com 12 mil seguidores.
A XP Investimentos avalia que a aproximação de 2018 aumentará o impacto do tema “eleições” nos preços dos ativos. A gestora lembra aos clientes que diversas alternativas de governo vêm sendo ventiladas, afastando o cenário das eleições passadas, em que o ambiente era polarizado entre dois grandes partidos. Para ilustrar essa mudança, os analistas da XP estruturaram um guia datando os principais eventos do processo eleitoral, incluindo pesquisas e o papel das redes sociais — em 2018 provavelmente incomparável com seu uso em 2014.
Os analistas utilizaram como fontes de informação o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a agência Bloomberg, os institutos de pesquisa de opinião Ibope e Datafolha, NIC, O Globo e o Facebook.
Fonte: “Valor Econômico”
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