Antes de empreender, o engenheiro ambiental Luis Felipe Colturato, 42 anos, visitou mais de 200 plantas de tratamento de resíduos em todo o mundo. “Queria entender como funcionavam os sistemas de geração de energia a partir da matéria orgânica, as chamadas plantas de biogás. Essas viagens me deram bagagem para abrir a Methanum”, diz Colturato.
Fundada em 2009, a empresa de Belo Horizonte (MG) desenvolve tecnologias e projetos para clientes interessados em transformar o resíduo orgânico de lixões e aterros sanitários em biogás. “Meu objetivo é transformar a matéria orgânica em uma das mais importantes fontes de energia na matriz brasileira”, afirma o empreendedor, que contou com o apoio da Finep e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para desenvolver suas soluções.
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Hoje, a empresa tem oito contratos em andamento — entre eles, o desenvolvimento de um sistema para remoção de gases de estações de tratamento de esgoto para a Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná).
Neste mês, a Methanum coloca em operação a primeira planta pública da América Latina capaz de transformar lixo em biogás.
Construída em parceria com a Comlurb, responsável pela gestão dos resíduos no Rio de Janeiro, a planta está localizada no lixão do Caju, que recebe 50 toneladas de matéria orgânica por dia.
A planta tem capacidade instalada de 500 kWh. “Queremos produzir energia suficiente para alimentar a própria usina. Depois, o excedente será transformado em gás veicular.”
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Com um faturamento de R$ 1,5 milhão em 2017, a Methanum projeta faturar R$ 5 milhões este ano. “Estamos em negociação para instalação de mais plantas de captação de gás no Brasil e no exterior.”
Fonte: “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”