Em um negócio, é comum que o empreendedor seja responsável por fazer praticamente tudo. De tarefas operacionais até a gestão financeira do negócio, tempo é luxo na vida de um empresário.
E por conta da rotina atarefada, donos de negócio sequer encontram oportunidades de negociar serviços básicos como telefonia e internet. Foi de olho nesse gap que o empreendedor Sérgio Wainer decidiu apostar.
Depois de atuar por décadas no mercado de telecomunicação, percebeu que muitas empresas gastavam mais do que o necessário com esse tipo de serviço. Desabotoou o terno de sua carreira executiva e se debruçou sobre o mercado de tecnologia.
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Em 2008, fundou a startup VIA/W, especializada na redução de gastos corporativos com telecomunicações. Por conta de sua experiência, conseguiu atrair clientes grandes com diferentes tipos de produtos.
A empresa renegocia contratos com fornecedores de telecomunicações, audita contas antigas para procurar erros de cobrança e monitora gastos de companhias com esses serviços. A startup monetiza sobre as economias nos dois primeiros casos e com planos mensais de assinatura no terceiro. “Só ganhamos se o nosso cliente economizar.” O modelo deu certo. A empresa faturou R$ 35 milhões em 2017.
O negócio chamou a atenção de empresas grandes como Itaú e Embraer. Desde sua fundação, já foram mais de 300 empresas atendidas. No início, o foco era exclusivo em negócios de grande porte – a startup só aceitava clientes com gastos em telecomunicações que ultrapassem os R$ 100 mil.
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De uns anos para cá, o empreendedor enxergou uma oportunidade nas empresas menores. “Diminuímos o piso de gastos dos clientes para R$ 70 mil, depois para R$ 30 mil e agora estamos estudando gastos ainda menores.”
“Há espaço neste nicho. Entrar nas pequenas vai aumentar ainda mais o mercado, porque muitos empreendedores não têm tempo hábil para cuidar disso. Queremos que esses empresários também tenham a oportunidade de economizar.”
Fonte: “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”