Gerar renda, incentivar hábitos sustentáveis e trazer impacto social positivo para as comunidades de baixa renda são os pilares que compõem a missão da so+ma, startup paulistana criada em 2016 pela empreendedora, publicitária e cientista social Claudia Pires, 45.
Para isso, elaborou um programa de vantagens que funciona de maneira bem simples: os moradores da comunidade recolhem material reciclável e entregam em um dos postos de coleta da so+ma.
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Computados, os resíduos são revertidos em pontos que podem ser trocados por produtos alimentícios, de higiene pessoal, serviços e cursos de capacitação, como programação e cabeleireiro, entre outros. “Além de movimentar o comércio local, algumas famílias chegam a economizar R$ 260 por mês”, afirma Claudia.
A principal sacada da startup foi oferecer às grandes empresas um canal para se comunicar com as periferias. O faturamento anual da so+ma está na casa dos R$ 700 mil.
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Embora ainda esteja estudando a melhor maneira de rentabilizar o negócio, a so+ma tem três grandes clientes — as empresas Heineken, Cargill e SIG Combibloc. Por enquanto, atua apenas em São Paulo, nas regiões de Capão Redondo e Grajaú, mas até o fim do ano deve começar a operar em duas periferias de Curitiba (PR).
Além disso, fechou contrato com as prefeituras de Salvador (BA), Tiradentes (MG) e Botucatu (SP). “Nosso objetivo é estar presente em mais de cem municípios, impactando 200 mil famílias e ampliando a porcentagem de resíduos para a reciclagem”, diz Claudia.
Fonte: “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”