O governo planeja tentar mais uma vez licitar os blocos de petróleo que encalharam no megaleilão da cessão onerosa já no primeiro semestre de 2020, afirmou nesta terça-feira a secretária do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier. Dois dos quatro blocos da cessão onerosa que foram oferecidos na semana passada não receberam nenhuma oferta, reduzindo a arrecadação com o leilão.
— A ideia é voltar o quanto antes. O ministro Bento (Albuquerque, de MInas e Energia) pensa no primeiro semestre do ano que vem, a questão é mais ver esses parâmetros que vão ter que ser revistos e o processo para sua reinclusão no PPI. E, em um leilão de óleo e gás, a gente sempre trabalha com um tempo razoável, de 90 a cem dias, para que o investidor estude com cuidado — afirmou Martha, após palestra na conferência anual Cebri-BNDES, na sede do banco de fomento, no Rio.
Segundo a secretária, não se pode tratar a agenda de leilões em função da agenda legislativa.
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A expectativa de Martha é que o governo feche o ano tendo licitado 37 projetos do PPI, se forem contabilizados o leilão da Parceria Público-privada (PPP) do sistema de comunicação do controle de tráfego aéreo e de linhas de transmissão que o programa planeja promover até o fim de dezembro. Para o ano que vem, a expectativa da secretária é que o volume supere a previsão de até 44 projetos feita pelo ministro da infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
— Vários outros projetos devem entrar na carteira do PPI já para o ano que vem, seja na reunião do PPI este mês, seja na primeira reunião do ano que vem. Ficará com certeza acima (da previsão do ministro) — estimou a secretária.
Ela acrescentou que PPI planeja começar a promover no ano que vem a privatização de algumas das empresas que estão em sua carteira, entre elas a Casa da Moeda, a AGBF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias) e a Emgea (Empresa Gestora de Ativos).
Fonte: “O Globo”