Em 2017, Rodrigo Jobim, 46, se deparou com uma situação assustadora. “Em reunião com um cliente de uma multinacional, fui impactado pelo problema dos resíduos no pós-consumo. Apenas naquele ano, 22 milhões de toneladas de lixo que poderiam ser recicladas no Brasil acabaram em lixões, aterros ou rios e mares”, diz.
Para mudar essa situação, Rodrigo fundou em abril de 2018 a Molécoola, startup que transforma a logística reversa de itens do pós-consumo amarrando as três pontas (indústria, varejo e consumidores), ao mesmo tempo em que auxilia os grandes fabricantes a se adequarem à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
A empresa montou 15 lojas-contêineres no estado de São Paulo, responsáveis pela coleta de resíduos como plástico, vidro e eletrônicos.
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Em troca do descarte correto e incentivado, os consumidores ganham pontos de fidelidade, que podem ser trocados por produtos e serviços de empresas parceiras, como Suvinil e Procter & Gamble, ou crédito em serviços como Spotify e Uber.
Na outra ponta, os resíduos são vendidos para 30 grandes recicladores, a exemplo de Gerdau e Novelis, o que garante parte da receita da Molécoola (o patrocínio de empresas parceiras fecha a conta).
Em um ano e meio de operação, a startup coletou 550 toneladas de resíduos. A expectativa é encerrar o ano com 40 lojas, mas os objetivos para o futuro são mais ousados.
“Até 2025, a ideia é contar com 5 mil pontos de recebimento, coletar 350 mil toneladas de resíduo por ano, ampliar a presença para todos os estados brasileiros e consolidar um modelo de expansão internacional”, projeta Rodrigo.
Fonte: “Pequenas Empresas, Grandes Negócios”