No pós-pandemia do coronavírus, as oportunidades de emprego devem aumentar nas áreas de tecnologia e logística, mostra um estudo do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) divulgado nesta segunda-feira (21).
Segundo o órgão, as mudanças provocadas pela pandemia no mercado de trabalho vão levar ao surgimento de novas ocupações e acelerar a tendência de transformação em diversas profissões. Na lista, estão o analista de soluções de alta conectividade e o orientador de trabalho remoto.
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“O novo comportamento das pessoas e das empresas também vai exigir maior especialização de profissionais em algumas áreas, criando novas ocupações”, diz o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi.
Com a necessidade de se praticar o distanciamento social para conter o avanço do coronavírus, novas formas de trabalho e atuação – como a prática do home office, a educação a distância e o entretenimento online – foram impulsionadas.
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“O que será a realidade permanente para milhares de brasileiros abre um campo de atuação para um novo profissional: o orientador de trabalho remoto. A previsão é que esse especialista ajude trabalhadores, por exemplo, a se adequar às ferramentas de informática e às rotinas do teletrabalho, assim como deve orientar quanto a medidas para garantir saúde física e mental”, exemplificou o Senai no levantamento.
Veja a lista de ocupações impactadas pelo coronavírus:
– Analista de soluções de alta conectividade (nível médio);
– Administrador de conectividade (nível médio);
– Especialista em logística 4.0 (nível médio ou superior);
– Desenvolvedor de softwares para simulação de processos industriais (nível médio ou superior);
– Especialista em realidade virtual e aumentada (nível médio);
– Desenvolvedor de aulas para educação a distância e online (nível médio);
– Orientador para trabalho remoto (nível médio);
– Profissional com especialização em normas e legislações nacionais e internacionais (nível médio)
– Especialista em gestão da informação (nível médio ou superior);
– Especialista em análise de grandes volumes de informações (nível médio ou superior);
– Especialista em internet das coisas (nível médio ou superior);
– Especialista em impressão 3D (nível médio);
– Especialista em ciber segurança (nível médio ou superior).
O levantamento da novas ocupações utiliza uma metodologia que busca mapear quais tecnologias serão utilizadas no ambiente de trabalho num prazo de cinco a 15 anos.
Esse mapeamento também envolve um painel com 20 representantes de empresas e universidades.
A metodologia já foi considerada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como exemplo de experiência bem sucedida na identificação de profissões que serão demandadas pelas empresas.
Fonte: “G1”, 21/9/2020
Foto: Divulgação/ Reprodução