O reajuste dos planos de saúde, suspenso pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) entre setembro e dezembro deste ano, poderá se somar, em 2021, aos aumentos anuais decorrentes de contrato. Isso deve ser um baque nas finanças de quem paga a totalidade ou parte do plano.
Por exemplo, os que têm planos coletivos empresariais (contratados por sindicado ou associação profissional), e os microempresários com contrato a partir de três vidas em carteira.
Pode ficar pesado, também, para quem trabalhe em uma empresa ou instituição que ofereça o benefício saúde com coparticipação. Nesse caso, a parte do empregado e de seus dependentes irá aumentar.
Como os planos de saúde já são muito caros, um reajuste de 20% ou 30% poderá tornar esta rubrica totalmente fora da realidade para milhões de brasileiros.
O que o consumidor pode fazer, então? Pesquisa prévia de preços de planos particulares, para ter ideia de opções mais em conta. Deve procurar a operadora para negociar preços menos salgados. Talvez seja obrigado a contratar outro plano com uma rede credenciada mais restrita do que a de um mais caro.
E, em alguns casos, antecipar o que tende a ocorrer para parte expressiva da classe média, com a renda achatada e empregos informais: usar o Sistema Único de Saúde (SUS). Isso implica, também, lutar para que seja valorizado, aperfeiçoado e que conte com os recursos financeiros e de infraestrutura para atender à demanda crescente.
Fonte: “Estadão”, 31/10/2020
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