O dólar iniciou as negociações desta quinta-feira, 5, em queda, de cerca de 0,7%, cotado a R$ 5,61, em meio a um tom de otimismo nos mercados internacionais com uma possível vitória do democrata Joe Biden na corrida à Casa Branca. O republicano e atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem um caminho mais difícil a percorrer na disputa por delegados.
Inicialmente considerada como provável pêndulo de decisão, o Estado da Pensilvânia pode até ficar em segundo plano nesta quinta. Isso porque os resultados de Geórgia e Nevada, sendo divulgados, podem já definir as eleições. Neste momento, Biden possui 264 delegados, contra 214 de Trump.
Caso Nevada, por exemplo, que tem seis votos no colégio eleitoral, vá para o lado democrata, Biden alcança os 270 delegados necessários para ser eleito chefe do executivo americano. O mesmo vale para Geórgia, que possui 16 delegados e levaria a conta de Biden a 280. Agora, caso Trump vença em ambos os Estados (Geórgia e Nevada), a definição ficará a cargo do resultado na Pensilvânia (20 votos no colárgio eleitoral). Carolina do Norte, outro local em que ainda não há uma definição, deve ir para o republicano, acrescentando 15 delegados à sua contagem.
A moeda americana acumula valorização próxima a 40% neste ano. Em janeiro, a cotação girava em torno de R$ 4. O patamar atual, porém, não é o mais alto em termos nominais, quando não se desconta a inflação. Em 14 de maio, o recorde foi atingido: R$ 5,9718. Após isso, a divisa estrangeira chegou a custar abaixo de R$ 4,90, mas, nas últimas semanas, vem ficando entre R$ 5,50 e R$ 5,80.
Nas casas de câmbio, de acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, o dólar turismo é negociado perto de R$ 5,80.
Fonte: “Estadão”, 05/11/2020
Foto: Reprodução/Reuters