Lançado em novembro do ano passado, o Pix é um meio de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central que, aos poucos, está caindo nas graças dos brasileiros. A opção disputa diretamente com serviços como TED, DOC e cartões para pessoas e empresas realizarem transferências ou receberem pagamentos. Sem cobrança de taxas, o Pix permite que as transações sejam feitas em menos de 10 segundos, usando apenas aplicativos de celular.
Apesar de ter sido criado pelo Banco Central, quem oferece o Pix às pessoas e empresas são instituições financeiras como bancos e fintechs. Assim como TED e DOC, por exemplo, já aparecem no aplicativo como opções para fazer transferências de valores, o Pix aparece como mais uma alternativa.
O Pix já conta com mais de 50 milhões de usuários, no entanto, ainda existe parte da população que prefere utilizar os meios antigos para fazer as transações mesmo sendo um pouco mais burocráticos. Para o executivo de tech company e sócio da Igah Ventures, com passagens pela Easy Taxi e Nubank, Dennis Wang, isso acontece principalmente por ser uma nova tecnologia. Ouça o podcast!
“Acredito que seja uma questão de tempo. Normalmente produtos de tecnologia são inicialmente usados pelos jovens e eles divulgam para seus pais e avós. Acredito que a adesão vai ser rápida, porque tem impacto para todos, uma vez que não tem taxas, ao contrário do TED”, explicou.
A segurança para as transações é um ponto que levanta dúvidas entre os clientes mais conservadores. Para tranquilizar os usuários, Dennis Wang esclarece que os métodos usados estão sendo cada vez mais aperfeiçoados para evitar qualquer tipo de fraude.
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“Quando uma transação é feita, por meio da criptografia, é possível mandar informações do celular para o banco. Essa informação é codificada. Assim, se alguém intercepta, não consegue entender os dados pessoais e valores, por exemplo. Há também a autenticação que pode ser feita de duas formas, pela senha ou biometria, avaliando a identidade do celular ou aplicativo”, esclareceu.
Além dessas medidas principais, Dennis também informa que os próprios bancos podem adotar, ainda, outros métodos de segurança como os usados para aprovar as transações via cartão de crédito.
“É importante escolher bem sua instituição financeira, para que o serviço prestado seja equilibrado. Se um banco for muito conservador, pode começar a travar muitas transações e um outro banco pode não barrar as transações, mas deixar passar fraudes”, destacou.
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Para quem ainda não se sente à vontade para aderir, o especialista pontua vantagens como gratuidade, flexibilidade e facilidade de fazer transações usando apenas a chave Pix. Além disso, o serviço pode ser utilizado a qualquer hora do dia ou ainda para pagar contas em estabelecimentos com QR Code.
“O Pix começa substituindo o TED e o DOC, depois deve substituir o próprio dinheiro. O Pix Garantido e Pix Agendado, que ainda estão por vir, devem permitir compras parceladas”, pontuou.
O serviço traz inovação aos brasileiros e está evoluindo rápido. Espera-se também que daqui a um tempo seja possível realizar transações com valores maiores.
“Tem fintechs trabalhando para pensar em novas soluções para o Pix, como o crédito e assim vai. Com certeza serão desenvolvidas outras possibilidades de uso que virão com o amadurecimento do produto”, concluiu.
A chegada do Pix, bem com o avanço da adesão, pode trazer benefícios para a economia, reduzindo burocracias, fomentando os negócios, gerando empregos e aumentando a bancarização das pessoas.
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