Por definição, uma fintech é uma startup que usa tecnologia para inovar e otimizar serviços financeiros. Essa curta denominação poderia ser suficiente para descrever o Dank Bank, banco digital criado em Santa Catarina pelo empreendedor Tiago Coelho. Mas ele quis ir além – e fechou parcerias com ONGs e associações para oferecer aos clientes do Dank Bank a possibilidade de apoiar iniciativas sociais por meio da tecnologia embarcada na startup.
Lançada oficialmente em 2020, em Jaraguá do Sul, cidade com 180 mil habitantes, próxima à região de Joinville (SC), a startup atende pessoas físicas e pessoas jurídicas. No início da operação, focou em atender empresas por meio de antecipação de recebíveis. No segundo semestre do ano passado, lançou uma conta digital, um cartão pré-pago em parceria com a Visa, consórcios e um seguro de vida e para pets; além de maquininhas próprias de cartão, marcando a entrada da startup no mercado de adquirência.
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A empresa já conta com 5 mil clientes, entre empresas e pessoas físicas. A ideia é fechar 2021 com 6 mil em sua base. Para isso, aposta no âmbito social para oferecer algo de diferente aos consumidores. Na prática, a empresa criou maneiras dentro do seu aplicativo que permitem aos clientes realizar doações e apoiar instituições como a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), grupos que promovem a sustentabilidade na região e até mesmo entidades de proteção animal.
Para isso, a empresa automatizou doações direto da conta-corrente para clientes interessados ou até mesmo parte de transações feitas via cashback direcionadas às parceiras do Dank Bank. “Nós temos uma cultura de que tudo deve retornar. Melhor ainda se isso for feito por uma instituição focada no bem da sociedade. A ideia é ampliar isso para parceiros de outros municípios o quanto antes”, diz Coelho.
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Segundo o empreendedor, a empresa agora se prepara para expandir em Santa Catarina, explorando mercados como Joinville e Florianópolis. No médio prazo, para cumprir em cinco anos, quer ir para outras capitais da Região Sul, como Curitiba, no Paraná, e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Para dar esse passo, entretanto, o empreendedor espera validar o produto o quanto antes. “Estou falando de experiência. Tem que ser fácil, com um bom aplicativo, para aspirarmos chegar em mercados com maior concorrência.”
Fonte: “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”, 12/04/2021
Foto: Divulgação