Como eu havia previsto, teremos segundo turno na eleição para presidente, até mesmo os percentuais foram bem próximos do que eu chutei. A onda verde frustrou os planos petistas. Agora é outra guerra, outra campanha, outra eleição.
É sabido pelos que me cercam que não nutro a menor simpatia por José Serra, mas sei reconhecer que ele é infinitamente superior à sua adversária, em praticamente todos os quesitos.
Cabe também ressaltar que, ao que tudo indica, os fatos que minaram a campanha petista são coisas que justamente não me afetam em nada, pelo contrário, sou favorável ao debate do casamento homossexual e à descriminalização do aborto. São questões que enxergo que devem ser colocadas em pauta longe de paixões e fundamentalismos irracionais.
Sempre achei que esta seria a eleição mais acirrada dos últimos tempos. E continuo achando isso, com a eleição em primeiro turno – nos dois maiores colégios eleitorais – de tucanos, e se Serra não for traído pelos pares, o jogo tende a ter uma guinada radical. No centro-sul, a tendência é que os PSDBistas cresçam. É claro que não podem cometer os mesmos erros de Alckmin em 2006. Vejo ainda que a estratégia de campanha deva ser revista, pois o candidato da oposição se perdeu escandalosamente no discurso neste pleito, foi no mínimo populista e demagogo, para não dizer hipócrita.
O eleitor brasileiro não liga muito para ideologia, não em sua maioria. Porém, ainda é bastante conservador em suas análises. Em meu estado, MS, a rejeição ao candidato petista – o ex-governador Zeca do PT – é tamanha, que muitos detestam o atual chefe do executivo, mas não arriscaram anular o voto; uma das eleitoras que fizeram isso foi a senhora que estava à minha frente na fila de votação. Eu, como já havia alardeado aos quatro cantos, anulei.
A onda verde agora será “azul e verde”, numa mistura das cores adotadas informalmente pelas campanhas do PV e PSDB. Dilma continua sendo favorita, possui a máquina do Estado a seu favor e uma infinidade de militontos dispostos a vender a alma em sua defesa. Mas a batalha será campal e extremamente difícil, arrisco dizer que não há nada definido.
Logo pela manhã já ouvi comentários de companheiros de trabalho que, apesar de terem anulado no primeiro turno, reverão suas posições, tudo para não deixar “essa mulher” – palavras deles – adentrar ao poder. Veremos! Eu, por princípios, tendo a anular, mas quem sabe posso rever meus conceitos visando evitar um “mal maior”.
Até o dia 31 de outubro, nos vemos nas urnas!
P.S.: 31 de outubro é o dia das bruxas, muito cuidado.
Como posso tentar te convencer a não anular o voto e sufragar o nome do Serra?
Bem. Eu estou fora do pais e como nao transferi o meu titulo nao votarei.
Mas se tivess que votar eu tambem iria anular. Pois realmente as opcoes que temos sao lamentaveis.
Tem uma serie de entrevista do Ciro Gomes no you tube (veja exemplo: http://www.youtube.com/watch?v=KktqykS8roQ), que mostram bem como foi o governo FHC, fala sobre a privataria, divida publica e etc. Eu pesquisei alguns numeros e sao verdadeiros. Entao!! Nao podemos afirmar que o Serra seja uma opcao menos ruim que a Dilma.
Sendo assim eu tambem anularia!!!