O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, volta a se reunir nesta terça-feira (7) e na quarta-feira (8) para decidir, pela última vez no ano, sobre a Selic.
O encontro acontece em meio à alta disseminada dos preços na economia.
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A taxa básica de juros da economia está atualmente em 7,75% ao ano — o maior nível desde setembro de 2017, quando estava em 8,25% a.a.
A expectativa geral do mercado aponta para uma alta de 1,5 ponto percentual, o que levaria a taxa a 9,25% ao ano. Em sua última reunião, o Copom também sinalizou que poderia anunciar uma nova alta de mesma magnitude da anterior, de 1,5 ponto percentual.
Na reunião anterior, o comitê também voltou a alertar para a deterioração no balanço de riscos relacionados ao futuro do arcabouço fiscal atual.
Alta acelerada
O Banco Central começou a elevar a Selic em março deste ano, quando foi de 2% ao ano — menor patamar histórico — para 2,75% a.a.. Desde então, a taxa teve duas altas de 0,75 ponto, duas de 1 ponto e, mais recentemente, uma de 1,5 ponto.
A aceleração do ritmo da subida acompanha o avanço da inflação que, em fevereiro, quando começou o atual ciclo, estava em 5,2% no acumulado de 12 meses, ou seja, próximo do teto da meta estabelecida pelo governo, de 5,25%. Hoje, o índice já passou dos dois dígitos, e já fica bem acima dessa marca.
Vale dizer que a Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial.
O Copom reúne-se a cada 45 dias para definir a Selic. No primeiro dia, são feitas considerações técnicas e análises sobre o comportamento da economia brasileira. Já no segundo, os membros decidem e anunciam a nova taxa.
Fonte: “CNN”, 07/12/2021
Foto: Adriano Machado/Reuters