A Economia é o principal problema enfrentado hoje pelo País na percepção dos brasileiros, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 8. O tema, que agrega desemprego e inflação, foi lembrado por 41% das duas mil pessoas entrevistadas pelo instituto, à frente de pandemia (19%) e questões sociais (14%). A corrupção, tema em voga no debate eleitoral para o ano que vem, foi lembrada por 10%.
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O resultado da pesquisa reforça a leitura de que o desemprego, a queda no poder aquisitivo, a fome e outros fatores ligados à econonomia deverão ser decisivos no processo de escolha do eleitor, conforme demonstrou o Estadão.
Esmiuçando os fatores econômicos, o desemprego é o motivo de preocupação mais citado pelos entrevistados, representando 18% das respostas. Em seguida, aparece o crescimento econômico, com 14%. Por último, a inflação — que envolve o preço dos alimentos, por exemplo —, com 9%.
Sete em cada dez brasileiros consideram que a Economia do País piorou em relação ao ano passado, enquanto 17% avaliam que o panorama econômico teve melhora. Em novembro, a avaliação da política econômica do governo Bolsonaro foi pior: 73% dos entrevistados viram piora no cenário da Economia naquele mês, ante 70% em dezembro.
O nível de otimismo com a Economia também vem caindo. Este mês, 41% dos entrevistados disseram ter expectativa de melhora da situação nos próximos seis meses. No mês passado, os esperançosos eram 42% e, em agosto, 50%.
Na seara das questões sociais, o tema mais lembrado também foi econômico: para 11% da população, os principais problemas sociais enfrentados hoje são a fome e a miséria. Depois, vem a desigualdade, com 2% das respostas, e a quantidade de pessoas vivendo nas ruas, com 1%.
Em termos de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua aparecendo à frente em todos os cenários disponíveis, seguido pelo presidente Bolsonaro (PL) e Sérgio Moro (Podemos). A pesquisa sinaliza que o ex-juiz da Lava Jato vem ocupando o espaço de outros presidenciáveis da chamada terceira via, deixando Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB) para trás.
Fonte: “Estadão”, 08/12/2021
Foto: Felipe Rau/Estadão