Uma teoria muito conhecida (e combatida) no meio liberal é a de que quebrar vidraças seria bom para a economia porque daria emprego para o vidraceiro. E este, com o dinheiro recebido pelo serviço, poderia comprar de outros comerciantes. O que esta teoria não leva em conta é que se a vidraça não tivesse sido quebrada, o dinheiro que o seu proprietário gastou com o vidraceiro seria aplicado de uma outra forma.
Assim, o ato de vandalismo de quebrar a vidraça apenas redirecionou o fluxo de dinheiro que seria utilizado de qualquer forma, seja para adquirir outros bens e serviços, movimentando a economia, seja para guardar, colaborando com a poupança do país e reduzindo os juros para outros investidores.
Este é o primeiro capítulo de um dos clássicos do liberalismo: Economia numa única lição. Nele, o autor Henry Hazlitt desmente uma série de falácias econômicas e demonstra como políticas estatais supostamente benevolentes acabam por destruir a prosperidade.
Henry Hazlitt foi um dos membros fundadores do Mises Institute, sendo considerado um dos principais pensadores da Escola Austríaca de Economia. O livro, publicado em 1946, tem linguagem fluida e se propõe a ser uma introdução à economia de livre mercado.