Educar não é tarefa simples, e a falência da educação no Brasil passa por problemas mais complexos do que uma mera “falta de investimento”. Aumentar o gasto público por estudante não significa, necessariamente, obter um melhor resultado.
Mas ter bons professores, sem dúvida, faz muita diferença. Diferentes professores geram diferentes resultados em termos de educação do aluno. O termo técnico é valor adicionado do professor (VAP). Professores de alto ou baixo desempenho, nesse sentido, são aqueles que adicionam mais ou menos valor ao aprendizado do aluno. A 7ª edição do Millenium Papers, intitulada Grandes Mestres Fazem Grandes Diferenças? – Valorizando a contribuição do Professor para o desempenho do Aluno da Educação Básica propõe que essa valorização seja medida, de acordo com o desempenho dos alunos, para valorizar os melhores mestres.
No estudo, Diana Coutinho e Claudio Shikida, da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), apontam que se um estudante que tem sua educação nas mãos de um professor de baixo desempenho for transferido para os cuidados de um professor com um VAP médio, ele terá um aumento de 8,05% em sua remuneração, para o resto da vida.
Apesar disso, a profissão de professor é uma das que possui menores desigualdades salariais, ou seja, não há diferenciação entre os bons e os ruins, como ocorre em outras profissões. É justo que os bons professores recebam o mesmo que os ruins? É justo que professores ruins continuem a dar aulas? Como fazer essa mensuração?
Acesse o estudo e confira!