Qual o futuro que se espera para o Brasil? Qual o desempenho observado em relação aos países concorrentes diretos, citando os membros do bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China)? Quais são os indicadores de desempenho econômico? Finalmente, como está o processo educacional nacional?
As perguntas acima listadas são preocupantes e devem ser avaliadas com muito cuidado, ainda mais para um país que almeja o status de nação desenvolvida. Logo, peço licença ao tema “logística”, área comum do conhecimento que retrato nos textos de opinião escritos, para provocar uma reflexão sobre o aprendizado coletivo.
O tema educação merece atenção de especialistas contemporâneos como Claudio de Moura e Castro, Gustavo Ioshipe, Eduardo Gianetti e Mario Sergio Cortella, além de universidades e escolas de negócios, com seus respectivos pensadores, como as universidades federais, Pontifícias Universidades Católicas, Fundação Dom Cabral, Insper, entre outras.
Não se deve avaliar a educação, somente como um critério pedagógico ou filosófico, mas como condição essencial para o crescimento econômico. Ao retratar o crescimento brasileiro, desde o milagre da década de 70, perpassando pelas descobertas do setor petrolífero, passando pelos setores de mineração, aviação e agricultura. Podem ser citadas organizações como Petrobras, Vale, Embraer e Embrapa, com inúmeras inovações tecnológicas e na geração do conhecimento.
No entanto, o que se observa é um esforço generalizado destas empresas no investimento em educação de ponta, em busca de parceiros nacionais e internacionais, para pesquisa e desenvolvimento. Mas estes são fatos isolados.
Em linhas gerais, a educação tem péssimos resultados e com uma ausência de visão estratégica, destacando-se a morosidade pública. O problema é a miopia gerencial pública. Dados do IPEA revelam que 78% da população é analfabeta funcional, isto é, não entende o que lê, em um simples artigo de jornal. Trata-se de um absurdo! Logo, como mudar esta realidade, quando avaliado o primeiro nível de formação?
No extremo oposto, observa-se uma educação superior sendo sucateada. O que se espera são números e não qualidade. Desde o processo de abertura do ensino, na década de 90 (sendo um fato louvável, se não fosse à falta de supervisão real dos fatos gerados), novos grupos privados vem surgindo para “investir” neste segmento. Mas o problema é cultural, pois a educação é vista como ferramenta e não como aspecto cultural. Muitos alunos entrantes no sistema superior desejam o título, como forma de ascensão social e na busca pelo emprego, enquanto o objetivo central deveria ser a própria educação.
A resposta central está na baixa geração do conhecimento, sendo avaliado, por indicadores como conhecimento básico em português, matemática e raciocínio lógico, bem como empresas duvidosas nos profissionais recebidos para os seus quadros.
Conclui-se que este tema deveria ser avaliado como uma função verdadeiramente estratégica, os nossos concorrentes diretos vêem este assunto com maior seriedade, destacando-se em todos os testes internacionais de produção técnica, representando um futuro iluminado e de alto desempenho. Se no passado recente a proposta foi à criação da Lei de Responsabilidade Fiscal para o controle das contas públicas e no ajuste de conduta econômica, por que não pensar na proposta de Lei de Responsabilidade Educacional, para um novo direcionamento produtivo nacional?
Espetacular!!
Ótima idéia!!
Quando existir uma responsabilidade educacional, começaremos caminhar a um desenvolvimento sustentável.
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Concordo inteiramente.
A direção é esta pois na educação reside o cerne de toda a problemática, sendo ela a base e o fundamento de qualquer resolução.
Devo, no entanto, lembrar que, à toda medida de controle implementada, seria de bom alvitre acoplar algum dispositivo que impedisse a “maquiagem dos resultados” ou a “lavagem dos índices”.