O jornal “Diário de Canoas” discutiu a questão do voto distrital com dois prefeitos de partidos que tradicionalmente estão em lados opostos no Rio Grande do Sul. Apesar das diferenças, o executivo de Campo Bom, Faisal Karam (PMDB) e o de Canoas, Jairo Jorge (PT) acreditam que o voto distrital puro seria a fórmula ideal para que os eleitores finalmente possam ser devidamente representados. Leia trechos da entrevista com os prefeitos:
Faisal Karam (PMDB)
“Diário de Canoas- Qual a opinião do senhor a respeito do voto distrital?
Faisal Karam – Eu sou bastante simpático à ideia do voto distrital. Porque dentro do atual sistema infelizmente os resultados não são os melhores.
Diário de Canoas- Como assim?
Faisal – A gente tem visto tantas coisas ruins no País, quando se fala em eleição e representatividade das pessoas eleitas ou independentemente de cargos de vereador, prefeito e deputado.
Diário de Canoas- E o voto distrital?
Faisal – Eu acho que o voto distrital tem uma finalidade, uma função de aumentar a representatividade de regiões. E o eleitor fica mais próximo da pessoa a qual ele ajudou a eleger, tendo um peso maior na hora de cobrar dos eleitos para que
Jairo Jorge
Diário de Canoa- Qual é posicionamento do senhor sobre o voto distrital?
Jairo Jorge – Bom, a minha posição pessoal – porque isso aí não foi discutido, aprofundado e definido pelo meu partido, o PT – é favorável ao voto distrital. Eu penso que o voto distrital abre um vínculo entre o representado e o representante.
Diário de Canoa- O senhor prefere o distrital puro ou o misto?
Jairo Jorge – Eu gosto do voto distrital como sistema puro. Mas eu entendo que às vezes, diante da particularidade que o Brasil tem – nós estamos saindo de um sistema proporcional – talvez o misto seja uma alternativa para fazer uma mediação entre as duas realidades. No entanto, eu prefiro o sistema distrital puro. Existem, obviamente, riscos.
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