Tenho tratado, em artigos, tantas vezes da corrupção no poder público brasileiro que corro o risco de me tornar repetitivo.
Um pouco de história. Desde a colônia, a administração pública no Brasil é comandada pela corrupção. O Ouvidor-Geral, Pero Borges e o Provedor-Mor, Antônio Cardoso de Barros, que aqui chegaram com Tomé de Sousa, foram acusados de desviar dinheiro do Tesouro Régio. Nosso primeiro Tribunal de Justiça, o Tribunal da Relação da Bahia, criado em 1609, foi fechado em 1626 por graves acusações de corrupção. Os famosos contratadores de impostos que, recolhiam dos contribuintes os impostos devidos, ficavam com grande parte do recebido para seus bolsos. E esta corrupção veio caminhando, através dos séculos até dias atuais. O hábito de criar dificuldades para gerar facilidades iniciou-se durante a colonização. A corrupção teve como aliados os que estavam de fora do corpo burocrático, dos que desejavam seus “cartórios” e os favores daqueles que detinham o múnus público. Porque, evidentemente, não há corrupto se não houver corruptor. Mas, como combatê-la? O primeiro passo é o exemplo que vem de cima.
Todos os escândalos atuais provem do Governo do Sr. Lula da Silva. Quando um Presidente da República, como Lula, diante de imagens escabrosas do governador de Brasília, Arruda, recebendo propina, vem a publico dizer que “a imagem não fala por si”, dá razão ao Senador Jarbas Vasconcelos quando disse, em entrevista recente à imprensa: “Com o desenrolar do primeiro mandato, diante dos sucessivos escândalos, percebi que Lula não tinha nenhum compromisso com reformas ou com a ética”. Não preciso dizer mais nada sobre o Senhor Lula, nem da atual corrupção pública.
O espetáculo entristecedor que estamos vendo faz lembrar-me Doug Larson: “Em vez de dar a um político as chaves da cidade, seria melhor trocar as fechaduras.”
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