O jornal “O Globo”entrevistou o especialista do Imil, Roberto DaMatta
O Brasil está reagindo aos casos de corrupção do governo e começa a se mobilizar.
Senadores crianças de diversos partidos lançaram a Frente Suprapartidária Contra a Corrupção e a Impunidade e convocaram a população para participar. No Rio, pelo Facebook, a empresária Cristine Maza, diretora de uma empresa de cenografia, já consquitou a adesão de milhares de cidadãos que se preparam para um ato na Cinelândia, centro da cidade, dia 20 de setembro.
Diferente da matéria anterior, que condenava a passividade do brasileiro frente à corrupção, a notícia é pauta do jornal espanhol “El País”.
Aderindo à mobilização, o jornal “O Globo” vai publicar diariamente o depoimento de uma personalidade sobre a importância do movimento de combate à corrupção e da mobilização da sociedade.
O antropólogo e especialista do Imil Roberto DaMatta falou ao jornal:
“Um dos problemas de se acreditar no brasileiro é que aqui se governa com os amigos. Como você separa projetos que interessam à população de outros projetos que são muito mais de interesse de grupos, lobistas, pessoas incrustadas nos ministérios? Esse é o grande problema. O que o Senado está fazendo é muito bom. Representa um pouco da indignação diante do fato de que o Brasil melhora, mas não consegue mudar em relação às falcatruas. Entra governo de direita, sai governo de direta, entra governo de centro, sai governo de centro, entra Lula, sai Lula, entra Dilma e continua tudo a mesma coisa. E a coisa vai ficando cada vez pior. E os tribunais? As pessoas falaram que houve abuso no uso de algemas nos presos (na Operação Voucher, da Polícia Federal). Sim, e aí? Essas pessoas são criminosas ou não? Vão ser julgadas ou não?”
Fonte: “O Globo”
No site do Instituto Millenium, leia mais sobre corrupção e reação da sociedade na entrevista do historiador Marco A. Villa
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