Uma Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade nesta terça-feira a redução, de 44 para 40 horas semanais, da jornada de trabalho. O texto ainda prevê um aumento do valor da hora extra de 50% do valor normal para 75%. Cerca de 700 sindicalistas acompanharam a votação do parecer do deputado Vicentinho (PT-SP), que foi favorável à redução da jornada, e fizeram uma ruidosa comemoração ao fim da reunião da comissão especial. Os sindicalistas parecem aprisionados numa mentalidade retrógrada de “luta de classes”, e assumem a economia como um bolo fixo, que precisa apenas ser “melhor” distribuído. O tiro sai pela culatra.
Governos socialistas, como o do francês Jospin, já se aventuraram nestas águas turvas, apenas para verem resultados catastróficos, perda de competitividade e aumento da informalidade. Se as leis naturais de oferta e demanda pudessem ser alteradas pela caneta estatal sem conseqüências indesejáveis, não haveria povo miserável nesse mundo. Bastava o governo decretar salários elevados e poucas horas de trabalho para todos, que o paraíso terrestre estaria ao alcance de qualquer povo. Infelizmente, a realidade não funciona assim e, ao contrário, quanto mais intervenção do governo, menor costuma ser o salário médio dos trabalhadores.
Os sindicalistas afirmam que a redução compulsória da jornada poderia gerar milhões de empregos no país, mas suas aparentes nobres intenções são inversamente proporcionais à lógica econômica. A melhor garantia para os trabalhadores é um ambiente competitivo, onde os empregadores são levados a pagar o máximo possível para manter seus empregados. A produtividade de cada trabalhador será crucial na hora de definir seu salário. Quando o governo resolve impor um limite de horas trabalhadas, assim como proibir a redução de salários, o empregador poderá simplesmente ser obrigado a demitir. No limite, a informalidade será estimulada. O Brasil já é um dos países com menos flexibilidade nas leis trabalhistas, além de encargos absurdos. O resultado de tanta intenção nobre, carente de conhecimento econômico, tem sido um gigantesco mercado informal, assim como elevado nível de desemprego.
Se o governo realmente deseja a redução do desemprego no país, assim como melhores condições de vida para os trabalhadores, ele deveria defender medidas diametralmente opostas a estas. O governo deveria reduzir abruptamente os encargos trabalhistas e impostos, respeitar as trocas voluntárias entre patrão e empregado, e diminuir a imensa burocracia que asfixia as empresas. Os trabalhadores americanos, por exemplo, contam com conquistas legais infinitamente menores que a dos brasileiros e, no entanto, desfrutam de salários bem melhores. Não existe uma “horda” de trabalhadores americanos tentando migrar ilegalmente para o Brasil para aproveitar as conquistas legais daqui. Já o contrário não pode ser dito…
O argumento da “perda de competitividade” a cada avanço na qualidade de vida dos trabalhadores pela redução da hora de trabalho me parece uma velha e surrada argumentação que os fatos provaram ser rasas. Numa sociedade robotizada, do conhecimento, em que se discute a redução de custos pelo trabalho à distãncia, ainda tem gente se aferrando a esse negócio de “mais horas”? Os centros hurbanos estão querendo alternativas para essas bobagens. Que atraso, Rodrigo. vinte horas, no estágio atual, já poderia ser um exagero.
Olha Rodrigo,na empresa onde trabalho,o quadro de funcionários será reduzido.
Se a redução de 4 hoas mensais gerará 2.5 milhões de empregos, então porque não reduzir 8? Geraríamos 5 milhões com uma única canetada.
Daí poderíamos diminuir um pouco por vez e teríamos o fenômeno pleno emprego com ninguém trabalhando e todos ganhando muito porque afinal os salários não serão rebaixados, claro…
Onde estávamos que só descobrimos isto agora???
EU TRABALHO EM EM UMA FABRICA ONDE O SALARIO E BAIXO E OS DESCONTOS ALTISSIMOS E DEPENDEMOS MUITO DE HORA EXTRA E COM ESSA NOVA LEI SO VAI PIORAR A SITUAÇAO PELO MENOS A NOSSA QUE GANHAMOS SALARIO MINIMO E ALEM DE TUDO NAO TEMOS NENHUM BENEFICIO