Na coluna Panorama Econômico, Regina Alvarez destaca a reportagem de O Globo (domingo, 18 de dezembro), de Bruno Rosa e Henrique Gomes Batista, e “o bom debate” sobre o papel do banco estatal no desenvolvimento do país e suas escolhas.
A matéria é uma “ radiografia das seis empresas privadas que o governo decidiu elevar à condição de multinacionais verde-amarelas, abrindo as portas do BNDES para financiamentos bilionários”.
A reportagem mostrou que em cinco anos o banco destinou R$40,8 bilhões em cinco anos às companhias “eleitas” – os frigoríficos JBS e Marfrig, a Oi, a BRF Brasil Foods, a Fibria e a Ambev. Já a performance das empresas deixou a desejar. Elas apresentam um quadro de endividamento elevado, prejuízos, cortes de custos, demissões e pouco avanço no mercado externo.
O BNDES segue orientação do governo ao incentivar a criação de potências nacionais privadas, inspiradas no modelo de desenvolvimento dos tigres asiáticos, mas o dinheiro que financia essas empresas é público. Vem de tributos como o PIS/Pasep ou do aumento da dívida pública, recurso que o governo tem usado com desenvoltura para ampliar a atuação do banco.
Fonte: O Globo
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