O jornal “O Estado de S. Paulo”, nesta quarta-feira 7 de março, publicou o editorial “O PIB da ineficiência“, uma crítica aos dados da economia brasileira em 2011, que, de acordo com o veículo, “refletem deficiências associadas a um padrão de governo ineficiente e perdulário”.
Segundo o cálculo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) nacional cresceu apenas 2,7% no ano passado. O editorial afirma que este número poderia ter sido maior se não fosse a ineficiência do sistema industrial: “A economia brasileira teria crescido 3,4%, mas a indústria foi incapaz de atender ao apetite dos consumidores, por causa dos custos elevados e da valorização do real. Com o real valorizado, os produtos nacionais ficam mais caros, quando seu preço é convertido em dólares ou euros.”
A publicação também dá destaque à inflação ao apontar que a taxa de 6,5% seria ainda maior se a demanda dos consumidores não tivesse sido coberta parcialmente pela importação. “Houve um claro descompasso na economia brasileira. O consumo das famílias cresceu 4,1%, impulsionado pela expansão do emprego, pelo aumento de 4,8% da massa de salários reais e por empréstimos pessoais 18,3% maiores que os do ano anterior. Enquanto isso, a produção industrial avançou apenas 1,6% – deslocada pela competição estrangeira – e a de serviços, 2,7%”, criticou o editorial.
O jornal também abordou os excessivos gastos públicos que dificultam a manutenção da poupança para o crescimento estável: “A distância entre a poupança atual e a necessária para um crescimento sem risco de grandes desajustes também é muito ampla. Isso se deve principalmente à propensão do governo para a gastança. Essa propensão limita a capacidade de poupança do setor público e, ao mesmo tempo, dificulta qualquer revisão séria do sistema tributário”.
Leia o editorial na íntegra
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