João Luiz Mauad, especialista do Instituto Millenium, explica o sucesso econômico e social da Suécia, país motivo de “orgulho” para a ideologia de esquerda. De acordo com o especialista, “esquerdistas” enxergam no país Escandinavo “um exemplo indiscutível de como combinar altos níveis de prosperidade e qualidade de vida com altos índices de redistribuição de renda”.
Em seu mais recente artigo, “Suécia: sucesso apesar do estado de bem-estar“, Mauad afirma que o desenvolvimento do país não se deve às políticas de bem-estar e sim à valores inerentes à população da região: “Esses povos são altamente homogêneos e contam com uma das culturas melhor adaptadas para o sucesso econômico e social, com destaque para o cooperativismo, a confiabilidade, a ética no trabalho, a participação cívica, os valores familiares e, last but not least, a responsabilidade individual extremada.”
Mauad admite que a Suécia tem uma economia de mercado engessada pelo “fardo do estado de bem-estar”, mas que, com o surgimento do capitalismo, o país experimentou um rápido crescimento sustentado com “Direitos de propriedade bem definidos, mercados livres e Estado de Direito”. Segundo o especialista, as três piores décadas vivenciadas pelo país se iniciaram em 1960, quando o país sofreu “uma brusca guinada para a esquerda”, devido à elevação da carga tributária e da introdução de políticas prejudiciais à iniciativa privada.
O artigo de Mauad aponta mudanças prósperas na política da Suécia a partir dos anos 1990, quando o país começou a implementar uma série de reformas que, segundo Mauad, “superam até mesmo as reformas liberais introduzidas nos EUA por Reagan e na Inglaterra, por Thatcher”. Entre essas mudanças estão a implementação de Vouchers educacionais, a a privatização parcial do sistema previdenciário e a redução da carga tributária.
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