“O governo na retranca”, mais recente artigo de Rolf Kuntz, destaca a importância do agronegócio no mercado brasileiro e critica a postura do governo em se manter “na retranca” com o setor, firmando medidas protecionistas que controlam o câmbio. Rolf afirma: “Com superávit comercial de US$ 77,5 bilhões no ano passado, o agronegócio, execrado por uma boa parte do governo federal, continuou sendo o principal fator de segurança do setor externo. Sua história de sucesso deve conter algum ensinamento a respeito de como vencer no mercado internacional. Mas os condutores da política econômica preferem continuar jogando na retranca, como se algum país se tornasse mais competitivo com uma política estritamente defensiva”.
O especialista defendeu o câmbio flutuante e a abertura do mercado internacional como medidas extremamente positivas para o desenvolvimento das exportações brasileiras: “Entre 2001 e 2011 o valor nominal das exportações nacionais aumentou 339,1%, de US$ 58,3 bilhões para US$ 256 bilhões. Nesse período o câmbio foi flutuante. O aumento das vendas foi possibilitado, na maior parte do período, pela combinação de um cenário externo favorável (até 2008) com ganhos de eficiência acumulados a partir dos anos 90”, pontuou.
Segundo Rolf, mesmo prejudicados pela sobrevalorização do real e tendo que competir com produtores altamente subsidiados, os exportadores de agronegócio tem muito a ensinar ao governo sobre competitividade: “De onde vem a competitividade do agronegócio brasileiro? Os formuladores da política deveriam pensar seriamente no assunto. Se o fizessem, talvez confiassem menos em fórmulas velhas e comprovadamente limitadas, como o controle cambial e o protecionismo.”
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