Segundo a agência de notícias “EFE”, no último sábado, dia 26 de maio, o presidente do Equador Rafael Correa convocou a população equatoriana para a realização de um boicote à imprensa do país. “Temos como nos defender, deixando de comprar esta porcaria que se chamam jornais, deixando de ver estes canais que fazem politicagem em vez de informar”, disse Correa.
O presidente afirma ser alvo de ataques mentirosos da imprensa, que segundo ele tenta recuperar o poder que tinha antes do seu mandato. “Poderíamos realizar um boicote cidadão contra esta imprensa. Temos 80% de apoio popular. Como podemos colaborar com a revolução cidadã? Não comprem esta imprensa corrupta nem para fazer caranguejadas, nem para amadurecer abacates”, afirmou em seu informe semanal.
Não é a primeira vez que Correa tenta coibir os veículos de comunicação no Equador. Os diretores do jornal “El Universo” e o jornalista Emilio Palacio foram condenados por um tribunal a pagar 40 milhões de dólares por supostos danos morais ao presidente.
No artigo “Liberdade de Imprensa“, o jornalista Merval Pereira escreveu sobre caso: “Sem discutir o mérito da ação, somente o absurdo do valor da pena demonstra uma intenção de desencorajar novos artigos críticos.”, comentou.
O chefe do executivo foi pressionado pela repercussão internacional do caso e anunciou seu perdão aos jornalistas. Ele também desistiu do processo contra os jornalistas Juan Carlos Calderón e Christian Zurita, autores do livro “O Grande Irmão”, que aborda supostos contratos que Fabricio Correa, irmão do presidente, mantinha com o Estado.
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