O IBGE vai divulgar na próxima sexta-feira, 1º de junho, o desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre de 2012. A previsão é de que o governo dificilmente atingirá o crescimento próximo de 4% esperados pela presidente Dilma Rousseff.
A estimativa no ministro da Fazenda, Guido Mantega, é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve registrar expansão de 0,3% a 0,5% na comparação com o quarto trimestre de 2011. O crescimento anual previsto pelo ministro é de 3% a 4%, abaixo na projeção inicial oficial, de 4,5%. Segundo o jornal “O Globo”, é a primeira vez este ano que as previsões ficam abaixo de 3%.
7ª posição do ranking mundial
A agência de classificação de risco Austin Rating prevê a queda do Brasil no ranking das maiores economias do mundo. A moeda americana, cuja valorização em 2012 superou 6%, faria o PIB brasileiro perder cerca de US$ 100 bilhões, saindo de US$ 2,45 trilhões para US$ 2,34 trilhões. O Brasil ficaria com a 7ª posição no ranking economico mundial, voltando para atrás do Reino Unido.
Para o economista Rodrigo Constantino, a supervalorização do real tornou os números brasileiros artificiais: “Aquela comemoração toda porque o Brasil havia assumido a sexta posição no ranking das maiores economias do planeta foi extremamente prematura. Muito do resultado estava relacionado justamente com o câmbio brasileiro fora do lugar. Os economistas analisam esses resultados de uma forma mais real que o governo. As posições devem levar em conta o poder de compra da moeda ajustada, o Purchasing Power Parity (PPP), que tenta reduzir as distorções momentâneas em relação ao PIB.”, afirmou.
Constantino também comentou a alta do dólar e a relação com o desempenho industrial brasileiro: “A valorização do dólar vai mostrar que toda a insatisfação da indústria era, em parte, legítima, porque o real estava realmente valorizado de forma artificial. Por outro lado, vai mostrar que o governo só dá atenção para os sintomas, e não às causas. O dólar, ao voltar para RS 2,00 ou R$ 2,2o, vai mostrar que a industria continua pouco competitiva. A baixa competitividade está atrelada a vários fatores estruturais que comportam o Risco Brasil: carga tributaria abusiva, leis trabalhistas anacrônicas e mão de obra pouca qualificada, entre outros.
O Brasil é um país globalizado mas não internacionalizado. Temos grandes perdas de dinheiros estereis,como 250 bilhões de reais de juros da divída interna, deficit da Previdência,infraestrutura precaria,ensino deficiente.