No seminário “Entre o formal e o real: desafios na implementação das leis que tornam o Brasil mais transparente”, que o Imil promoveu com a PUC-Rio na universidade, a Gerente de Promoção da Ética, Transparência e Integridade da Controladoria Geral da União (CGU), Isabela Corrêa, apresentou um panorama dos avanços do governo federal em relação à abertura e à disponibilidade da informação pública no país.
Para falar ao auditório da PUC-Rio sob a perspectiva governamental das leis de transparência, Corrêa destacou em uma linha do tempo que teve início em 2000, com a implementação da Lei de Responsabilidade Fiscal, alguns dos conjuntos de normas, leis ou práticas adotadas pela união em direção à transparência. Corrêa chamou a atenção para os outros dispositivos, além da recente Lei de Acesso à Informação (LAI), que indicam os avanços na área, como a criação:
- da Controladoria Geral da União, em 2003a aprovação da Lei do Pregão (que torna obrigatória a informação pública sobre as compras feitas pelo Estado) das Páginas de Transparência (que são páginas menores, com informações estaduais e municipais, em sua maioria) , em 2005
- do Portal da Transparência, em 2006 (internacionalmente reconhecido como pioneiro na disponibilização de informação pública reunida)
- do Cartão de Pagamento obrigatório (que reduz as possibilidades de uso das contas tipo B) , em 2007
- Cadastro de empresas idôneas, em 2008
- Site Jogos Olímpicos e Copa ( reúne informações sobre gastos e andamentos de obras nas cidades-sede)
- a posse da Presidência do país no movimento “Governo Aberto”, com os EUA
Corrêa informou que a CGU, responsável pela implementação da LAI no Poder Executivo Federal, é um órgão de estímulo à transparência ativa, isto é, que deve ser espontânea, sem que seja solicitada. “O cidadão não precisa motivar para ter acesso à informação pública.”
A transparência transforma, diz ela sobre participação civil. Ser transparente é abrir espaço para a maior cidadania, para o uso de direitos, para exigir que esses direitos sejam aplicados, afirma.
“Nada melhor do que a luz do sol para que a gente possa enxergar.”, disse fazendo uso de uma frase muito utilizada no meio.
A gerente citou ainda exemplos de utilização da informação pública pelos cidadãos como os sites como “Portal da Transparência Alternativo” no Brasil e o aplicativo para smartphone que georeferencia serviços públicos “Whats going on” na Australia.
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