Seminário Social Good Brasil fomentou o debate sobre a importância das novas mídias, da tecnologia e do pensamento inovador para a transformação social, nos dias 6 e 8 de novembro, em Florianópolis.
Durante o evento, o Instituto Millenium conversou com o co-fundador do Portal do Voluntário/V2V.net e pós-graduado em Ciência da Informação pela a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Bruno Ayres, e com o sócio-fundador da Rede ItsNoon, um espaço de economia criativa, Reinaldo Pamponet.
Na opinião do idealizador do V2V, o Brasil não oferece um cenário favorável ao desenvolvimento de novos negócios. “O ambiente institucional do Brasil é péssimo. O Brasil é inimigo das empresas e o governo atrapalha como pode”, critica.
Pamponet fala sobre a sua experiência como empreendedor. Ele cita a burocracia e os impostos excessivos como uma das dificuldades na trajetória da ItsNoon. “Quando a burocracia começa a virar uma ‘burrocracia’ as coisas ficam complicadas. Na área tributaria existe muita complexidade”.
Livre iniciativa
O cientista da informação lembra que os negócios na web 2.0 são ideais para empreender com mais liberdade. “Quando você começa um negócio quanto menos formalidades, melhor. Preocupações com burocracia matam as empresas antes que elas comecem a existir”, explica.
“A livre iniciativa é de total importância. Ela abre espaço para que as coisas aconteçam”, comenta o fundador da ItsNoon.
Caminho para empreender
Pamponet acredita que as ideias precisam ser testadas antes da formalização do negócio. “O primeiro passo antes de você institucionalizar é testar a ideia”, conclui.
Ayres descreve o caminho que os novos empreendedores precisam percorrer para alcançar o sucesso nos negócios em rede. “É preciso que você comece um projeto da maneira mais informal possível. Depois de checar a viabilidade do empreendimento você deve formalizá-lo aos poucos”.
A explicação é: os órgãos governamentais justificam sua existência criando empecilhos burocráticos. Para ficarmos num único exemplo, se adotássemos o impostos único, poderíamos desmantelar toda a estrutura das Receitas Federal, Estaduais e Municipais.