A usina de Belo Monte, que está sendo construída no Rio Xingu, é a maior obra em curso no Brasil – e de sua conclusão depende a segurança energética do país nos próximos anos. Ocorre, no entanto, que há muita gente que não dá a mínima importância para o risco de o país ficar às escuras ou ter que lançar mão das onerosas e poluentes termelétricas para alimentar a indústria e iluminar as casas.
O descaso é a única explicação para o fato de nenhuma autoridade do país abrir os olhos diante das ações de vandalismo que volta e meia interrompem a continuidade dos trabalhos no canteiro de obras.
Ontem aconteceu mais uma delas. Um grupo de 30 elementos (e o uso da palavra “elementos” é, aqui, uma homenagem ao antigo jargão – posto em desuso por ser considerado politicamente incorreto – com o qual a polícia se referia aos bandidos), armados com porretes, invadiu um acampamento onde se realizava uma assembleia de trabalhadores.
Em discussão, o reajuste salarial dos 15 mil operários que constroem a usina (no próximo ano, a previsão é de que o número alcance 23 mil).
Os elementos avançaram sobre os participantes da assembleia distribuindo bordoadas e o resultado foram sete feridos e a decisão do consórcio responsável pelo trabalho de, mais uma vez, paralisar as obras.
Ações desse tipo, em que pretensos “ativistas” usam e abusam do direito de ameaçar a segurança alheia em nome do direito à manifestação, têm sido extremamente comuns no país.
E, por incrível que possa parecer, as autoridades nunca empregam na investigação desse tipo de crime a mesma energia que dispensam a outros delitos.
Aparentemente, os “ativistas” (ou os elementos que se escondem por trás desse rótulo) podem delinquir à vontade. Podem invadir propriedades rurais e destruir plantações. Podem fechar estradas e atear fogo em pneus, colocando em risco dezenas de pessoas.
Podem fazer passeatas e interromper o trânsito em vias movimentadas como a Avenida Paulista, em São Paulo, justamente no horário em que milhares de pessoas retornam para suas casas depois de um dia cansativo de trabalho.
Ao contrário do que defendem os que praticam esse tipo de atitude e também dos que se beneficiam delas em disputas eleitorais, essas manifestações estão longe de ser manifestações democráticas.
Apenas em países que ainda não completaram seu processo de amadurecimento político, como é o caso do Brasil, as ações que colocam em risco a segurança e o direito alheio são vistas como uma evolução. A verdade, porém, é que elas estão mais para a barbárie do que para a civilização.
Ainda mais quando os elementos se dão ao direito (como aconteceu no canteiro de Belo Monte) de cobrir a face para não serem reconhecidos. O Brasil ainda tem muito o que evoluir.
Fonte: Brasil Econômico, 13/11/2012
e agora que o Brasil ocupa assento na Comissão de Direitos Humanos da ONU ficará pior…As ONGs, quarto braço da ONU, farão o impossível para que o Brasil não progrida. São pagas para isto. para subjugar nosso país aos interesses internacionais.
A barbárie se combate com a civilização. Mas a civilização não é paz e amor (viu dona Dilma), mas um porrete também: um porrete que se castiga em nome de ideias, valores e até autoridade.
Por que empreiteiros e políticos defendem a construção de Belo Monte, mas grandes especialistas em energia, como o professor José Goldemberg, da USP, rechaçam terminantemente a ideia? É a grande pergunta, já que a resposta ilustra claramente quem são os interessados. A construção de BM traz mais dividendos do que vantagens para a sociedade, já que o deficit energético pode ser melhor resolvido com projetos menos dispendiosos e mais objetivos. Produzir energia numa região tão remota do centroeste brasileiro, energia essa que será na sua maior parte consumida pelo sudeste, resulta num produto caro e que será desperdiçado ao longo de milhares de quilômetros de linhas transmissoras. Fora que os moradores milenares dessa região nada têm que ver com futuros “apagões”, afinal, são pessoas que já pagaram pesados pedágios pelo simples fatos de existirem bem no caminho por onde passa a sanha capitalista. É um atestado de incompetência e vigarice, só isso.
Barbárie é destruir rio. Voce ja visitou o Xingu? Com que propriedade fala isso? Va ver o rio correndo e a violência que é paralo..fazer análise de escritório no sudeste é fácil, quero ver ir lá. quem vai comprova que a barbárie é a obra e nao a resistencia a ela