Uma das marcas do tempo presente é a pressa de viver. As horas, os minutos e os segundos parecem escoar freneticamente pelo impiedoso ralo da existência, levando consigo momentos e oportunidades que se vão para nunca mais voltar. Diante do medo de não viver situações ou possibilidades únicas, somos tragados para o centro de um redemoinho social que nos cobra tudo, a todo momento.
As exigências não param: temos que ter sucesso, fama e riqueza, sermos belos, jovens, inteligentes e ainda dar satisfação para uma sociedade tantas vezes hipócrita e cada vez mais invasiva na privacidade de cada um. Ah, se não quiseres fazer parte dessa patota, terás que conviver com olhos de reprovação daqueles que se julgam superiores, embora talvez nunca tenham tido a coragem de olhar criticamente para si e constatar uma pueril superioridade pessoal.
Sim, viver em liberdade não é fácil e exige um constante esforço individual. Aliás, viver é lutar com afinco pela própria sobrevivência e, se possível, ainda ser feliz.
O narcisismo coletivo que impera nos dias atuais faz pensar que nascemos sorrindo, quando, na verdade, choramos ao nascer. O choro do bebê contrasta, paradoxalmente, com alegria dos pais e familiares. E o que isso quer dizer? Ora, quer dizer que a vida é ambígua e contraditória, mas são justamente nas ambiguidades e contradições humanas que temos que construir nosso próprio caminho, nossas próprias escolhas, nossas opções de vida.
Portanto, ser livre é assumir definitivamente nossa individualidade única, respeitar o outro e pouco ligar para a opinião alheia quando a decisão for nossa. Isso, todavia, não é fácil. Não é fácil porque não somos uma simples coisa que vive bem e feliz em qualquer canto ou ilha perdida.
Sabe-se lá porque, na linha de evolução da humanidade adquirimos, com o desenvolvimento da linguagem, a capacidade de nos relacionarmos uns com os outros, criando laços de afinidade. E assim, ao contrário dos bichos que agem e se relacionam por instinto, o surgir da intimidade humana e o nascer de vínculos afetivos interpessoais criaram significados especiais para nossa pulsante existência racional.
Ocorre que, em uma sociedade marcada pela celebração do sucesso efêmero, passamos a preferir a aparência de sorrisos rasos à dificuldade de construir uma autêntica vida plena. Plenitude que não significa perfeição, mas simplesmente assumir nossa limitada condição humana e, com a ajuda do poder da razão, agir concretamente em um mundo opaco que requer cores vivas, e não brilhos superficiais.
Atualmente, confundimos velocidade de sensações com intensidade de sentimentos e, na angústia de não deixar o tempo passar, acabamos por esvaziar profundos sabores vivenciais que precisam exatamente do tempo para serem realmente sentidos em sua inteira potencialidade. O problema é que o tempo passa, a intensidade vai e o vazio chega.
E você, por onde anda no turbilhão do mundo?
Obrigadapela postagem, assimpenso e vivo.Tento repassar aos amigos e familiares,,Vivemos como barartas tontas sem saber para onde vamos,,,Desvalorizamos o que mias temos de importante a convivencia hmana, hoje impedida pelos compromissoso materiais acima citados.Nem queremos saber porqe vivemos e nem porque morremos…Ai a vida passa e náo nos damos conta do que proquemos viemos por aqui. Ohomem nasce chorando e morre sorindo, deve ser sorrindo de sua ignorancia em ter sido privado daquelas condi;óes que o levariam a ua vida de satisfa;cão interior, infinita, que náo está atadas a todos estes grilhóes e nos priva do nossoprop[isto de viver convivendo. Um bom-dia. Vou enviar par amigos, colocar nos Blgs e no Google.Este tipo de artigo ;e indispensável para se le, mesmo para aquleles que ignoram o efeito danoso desta vivencia intensa e vazi, como dito pelo Sr. Sonia