Rodrigo Constantino diz que o problema é “made in Brazil”
Após disparar na tarde desta quarta-feira, 21, o dólar fechou o dia cotado a R$ 2,451, a maior cotação desde dezembro de 2008. A alta acumulada da moeda norte-americana nesta quarta foi de 2,31%.
Investidores dizem que a ata da última reunião do Federal Reserve, divulgada nesta quarta, dá sinais de que o banco central norte-americano está prestes a reduzir seu programa de estímulo monetário. O documento mostra, no entanto, que o Federal Reserve ainda não chegou a uma conclusão sobre o tema.
O mercado já começa a mostrar sinais de pânico: o dólar acumula alta de 7,4% no mês de agosto, e de 19,88% no ano.
Em coluna publicada no site da revista “Veja”, o presidente do Instituto Liberal, Rodrigo Constantino, diz, entretanto, que “a desculpa oficial de se tratar de fenômeno exclusivamente mundial perde força a cada minuto”. Ele afirma ainda que o problema é “made in Brazil”, conforme mostra o gráfico abaixo:
Constantino ressalta que outros países emergentes apresentam comportamento bem mais comedido, evidenciando o fator doméstico na rápida desvalorização da moeda. Ainda segundo o diretor do Instituto Liberal, “os investidores simplesmente perderam o que restava da confiança no governo”.
“Enquanto não houver mudança abrupta do quadro internacional, ou alguma decisão radical à contramão do histórico dos últimos anos por parte do nosso governo, medidas paliativas podem segurar parcialmente a trajetória do dólar. Mas sua valorização tenderá a continuar […] Não resta mais sombra de dúvidas: o Brasil é o grande patinho feio do mundo agora. ‘Mérito’ de nosso governo”, conclui Constantino.
Fonte: Opinião & Notícia e site da revista “Veja”
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