Com o segundo pior desempenho entre os 94 principais índices de ações analisados pela Bloomberg, o Ibovespa, índice de referência do mercado de ações brasileiro, pode estender seu ciclo de desvalorização em 2014.
Como os investidores costumam colocar as expectativas futuras nos preços das ações, e elas não são nada otimistas para o ano novo, é razoável afirmar que a Bovespa ainda não encerrou seu ciclo de baixa, segundo a lógica dos especialistas que estudam os pregões.
Em 2013, a perda de quem aplicou seu dinheiro na cesta de ações que compõem o Ibovespa foi de 15,5%.
– Pela estimativa de quem estuda renda variável, o Ibovespa pode ainda não ter encerrado seu ciclo de desvalorização. Tome, por exemplo, a expectativa do Banco Central para o crescimento da economia nos próximos dois anos. Gira em cerca de 2%, uma expansão muito acanhada. Isso tende a se refletir no preço dos ativos agora – avalia Paulo Bittencourt, diretor da Apogeo Investimentos, uma empresa do Grupo Vinci Partners.
Os indícios são de que se inicia um mais ano complicado para quem investe em ações. Os ciclos de baixa e de alta se alternam, até que um conjunto de fatores leva a uma nova mudança, dizem os analistas. O problema é que não se consegue identificar o momento exato em que eles começam ou terminam. O consenso entre os analistas é que, no longo prazo, é possível perceber uma valorização constante no preço das ações.
– A situação ideal é comprar na baixa e aguardar as ações se valorizarem. Mas como não é possível saber com precisão em que momento os preços vão começar a subir, é preciso agir com cautela. Como ainda estamos ‘saindo’ da crise mundial de 2008, este seria um bom momento para entrar na Bolsa, caso o objetivo seja obter rendimentos a longo prazo – explica Fernando Araujo, gestor da FCL Capital.
Na pauta de 2014, estão alguns elementos que devem provocar sustos de curto prazo em quem aplica em ações. Além da previsão de crescimento pífio da economia, no Brasil, a taxa básica de juro deve subir mais uma vez neste mês e pode chegar a 10,5%. Depois, haverá uma pausa para as eleições presidenciais, e novamente a Selic deve ser elevada em 2015, segundo estimativa do Citi. Os analistas do banco preveem que em 2015 a Selic possa chegar a 12%. Ela é o instrumento usado pelo governo para deter a alta da inflação. Mas a estratégia tem um efeito colateral. Juro alto costuma inibir o crescimento da economia e travar o desempenho das ações na Bolsa.
Fonte: O Globo
estou apenas esperando a queda que começara pela dow jones..