Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho de Administração da Gerdau, foi o convidado para a palestra especial do segundo dia do 27º Fórum da Liberdade. “É nosso dever aprimorar o processo de gestão e governança, pois não levamos o tema com a profundidade necessária”, destacou.
Para o empresário, um dos pilares que devemos trabalhar tem ligação direta com o aumento do índice de poupança e, consequentemente, com o avanço da capacidade de crescimento. “Basta analisarmos a China com sua taxa de poupança de 50% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o Brasil parou nos 18%”, disse.
Gerdau afirma que a situação é consequência da não discussão conceitual de governança e reitera que a poupança é o caminho mais curto para o aumento do poder de investimento. “Nos últimos anos não conseguimos crescer mais do que 2%. E tudo indica que esse ano o resultado será o mesmo”, avalia.
Para o avanço do país, ele diz que sem vontade de crescimento não há solução. “Observamos o sucesso dos coreanos e a forma como os processos funcionam para eles quando planejam e chegam no objetivo com a visão estratégica que sempre possuíram”, diz. O palestrante explicou que a Gerdau cresceu com a valorização da sua própria economia. “São 113 anos poupando dinheiro”, completou.
Além disso, salientou a importância de ser sustentável de forma econômica, ambiental, cultural e política. “Aprendam o que significa a palavra ADM: avaliar, direcionar e monitorar. Dessa forma, vamos garantir um processo eficiente de governança inteligente”, reforçou. Por fim, o empresário questionou qual o propósito do Brasil e disse que é muito importante traçar um objetivo. “Não é a Cristina Kirchner que dirá o que o Brasil tem que fazer”, respondeu. Apesar das críticas à economia do país, Gerdau garantiu que ainda não conheceu um melhor lugar para trabalhar.
Sobre o Fórum da Liberdade
O Fórum da Liberdade é realizado pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE) desde 1988 e reúne, durante dois dias de evento, mais de 6 mil pessoas. Ao longo das 26 edições já realizadas, o Fórum reuniu mais de 60 mil participantes, 243 conferencistas, 6 chefes de Estado, 5 ganhadores do Prêmio Nobel de Economia, 103 acadêmicos e intelectuais, 21 ministros de Estado e 30 lideranças empresariais. Neste período, foram debatidos temas de cunho econômico, político e social, sempre com o intuito de apresentar à sociedade a opinião das diversas lideranças mundiais e, preponderantemente, abrindo espaço para a pluralidade de ideias. O Fórum alcançou reconhecimento e credibilidade nacional e internacional, através dos grandes conferencistas que reúne em Porto Alegre e da seriedade e dedicação colocada em cada atividade do evento.
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