O Instituto Milenium surgiu como uma alternativa moderna de defesa do mercado. Bancado por grandes empresários, com um fundo gerido pelo Armínio Fraga, destinava-se a propagar as virtudes da livre iniciativa – ponto importante dentro do debate nacional.
Aí foram na conversa de uns espertos e decidiram montar um seminário. Apareceram aqui no Blog, postando comentários gozadores (porém educados) pedindo divulgação para o evento. Convidaram quem? Roberto Romano, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnolli, Reinaldo Azevedo, Eurípedes Alcântara, Otávio Frias Filho e Roberto Civita. Só.
Começa o seminário, a ultradireita fez a festa. Vendo no público os donos de grupos midiáticos, deitaram e rolaram. El Cid, o Campeador, Carlos Magno, rei de França, Tancredo e outros heróis medievais viraram pinto perto dos novos cruzados. Conclamaram à guerra, sem direito de resposta para os inimigos (adversários é termo brando). Era um tal de blogueiro e colunista soltando palavra de ordem para dono de empresa como nunca se viu. Só faltou saírem em passeata com grandes bandeiras medievais, daquelas que a TFP gostava de desfraldar.
Bom, os ecos do seminário se propagaram por toda a blogosfera. O mínimo que se falou do Milenium é que seria o novo IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), uma das organizações que conspirou em 1964.Explodiu uma crise entre os patrocinadores, empresários civilizadas querendo debate de alto nível.
Depois de botar fogo no terreiro, cada artista voltou para seu canto como se não fosse com ele, deixando o Instituto Milenium em uma enorme saia justa com seus patrocinadores e com uma enorme crise de identidade.
Espero que o Milenium recupere sua proposta original. E um pouquinho de pluralidade não lhe faria mal algum.
Leia em Luis Nassif Online.
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