Nos últimos anos, termos como big data, data science e inteligência artificial entraram de vez na pauta tecnológica e no ambiente corporativo. Se antes o uso deste tipo de ferramenta era acessório, em um mundo cada vez mais digital, elas se tornaram fundamentais para o desenvolvimento dos negócios e para a competitividade das empresas. Em evento realizado em parceria entre o Imil e a Casa Firjan, especialistas no tema falaram sobre a gestão de reputação de uma organização e o impacto dessas tecnologias no mercado.
Neste contexto, quem aproveitar as oportunidades que a tecnologia oferece sai na frente. É o que sustenta o CEO da Eight e especialista do Instituto Millenium, Leandro Bortolassi. “Muito mais que desafio, isso traz oportunidade. A partir do momento em que a empresa conseguir domar a tecnologia, vai trazer competitividade, vai poder recrutar utilizando a inteligência e melhorar a gestão da marca. Com isso, o trabalho fica muito mais eficiente em termos de planejamento estratégico e execução operacional”, disse.
O diretor associado do GroupCaliber Latin America, Dario Menezes, destacou, por outro lado, que estamos vivendo em um mundo onde a experiência de uma pessoa influencia a outra. “Se eu pensar em viajar para o Japão, por exemplo, eu vou ser muito pouco influenciado pela comunicação de uma empresa e muito mais pelas dicas de quem já foi lá e viu o que é bom e o que não é. Tudo mudou nas organizações, a gente vive em um contexto de hiperconexão. Algumas já entenderam e outras ainda vivem em um ciclo auto-ilusório”, afirmou.
Veja também
“O crescimento só é possível fora da zona de conforto”
Big Data auxilia o desenvolvimento de políticas públicas
Por conta disso, Menezes lembrou a necessidade das empresas investirem na reputação, instrumento cada vez mais utilizado pelos clientes na escolha de produtos e serviços. “Nunca se falou tanto sobre reputação. Esse tema representa competitividade para os negócios, uma vez que, quanto melhor a minha reputação, tenho aberto um canal de confiança com todos os meus públicos. Por outro lado, quanto pior for a reputação, maior será a dificuldade para implementar a estratégia. Por isso, esse tema deixou de ser periférico nas organizações e passou a ser algo na agenda do CEO, que deve olhar isso como uma questão estratégica. É preciso fazer sempre o monitoramento da gestão, da reputação e da marca”, ressaltou.
Conselho para os empreendedores
Para Leandro, cuidar da imagem de uma empresa deveria ser uma das principais estratégias dos empreendedores. “Hoje, com o modelo de economia globalizada, reputação é sim um dinamizador de vendas. O empoderamento do consumir leva isso muito em consideração. Então não adianta ter um pilar estratégico baseado em planejamento financeiro ou resultado operacional, se você sacrifica a reputação do seu negócio em detrimento disso”.